Contexto
No conteúdo estudado, você conheceu o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, escrito em 1857. Cento e setenta anos depois, estudantes da Penha, na Zona Norte no Rio de Janeiro, “viralizaram ” na internet por produzir uma releitura do poema, tendo como tópico o bairro onde moravam. Confira a seguir o poema original à esquerda e, à direita, a releitura produzida pelos alunos do Rio de Janeiro.
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra é a Penha,
o medo mora aqui.
Todo dia chega a notícia
que morreu mais um ali.
Nossas casas perfuradas
pelas balas que atingiu.
Corações cheios de medo
da polícia que surgiu.
Se cismar em sair à noite,
já não posso mais.
Pelo risco de morrer
e não voltar para os meus pais.
Minha terra tem horrores
que não encontro em outro lugar.
A falta de segurança é tão grande,
que mal posso relaxar.
“Não permita Deus que eu morra”,
antes de sair deste lugar.
Me leve para um lugar tranquilo,
onde canta o sabiá
Dessa forma, tal qual os alunos da Penha, produza uma releitura do poema Canção do Exílio, tendo como assunto principal a cidade onde você mora. Seu poema deve conter:
Duas estrofes de quatro versos.
Seguir o mesmo esquema de rimas do poema original, que rima o segundo verso com o quarto verso de cada estrofe.
No mínimo, um verso igual ao do poema original e, no máximo, dois versos iguais ao do poema original.
O nome da cidade ao qual o poema se refere.
Lembre-se de que você pode tanto seguir uma linha mais idealizada, como a versão original de Gonçalves Dias, ou seguir um teor mais crítico, como os alunos da Penha o fizeram. minha ciade para cita e castanhal