Download the Guru IA app

Android and iOS

Foto de perfil

Evelly

SENT BY THE APP
Estudos Gerais06/09/2024

Copie isso novamente Utilitarismo capitalista e ecologismo d...

Copie isso novamente Utilitarismo capitalista e ecologismo de resultados Por outro lado, a adoção do discurso ambientalista por agências multilaterais, empresas poluidoras e governos fez surgir um discurso conciliador, mais pragmático, que passou a ser chamado de "ecologismo de resultados". Esse discurso procurou neutralizar as lutas ambientais e produziu a "ambientalização" também do próprio modelo capitalista de produção de riquezas, em um processo denominado modernização ecológica, que procura conciliar o crescimento econômico e a resolução de conflitos ambientais com ênfase em adaptação tecnológica, economia de mercado e crença na colaboraçâo e no consenso.

Segundo Henri Acselrad, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a questão ambiental apresenta um confronto entre uma posição cultural e uma posição utilitária. Se a posição cultural questionava os valores do consumismo estabelecido na era capitalista e por meio da industrialização químico-mecanizada da agricultura, a posição utilitarista, inaugurada pelo Clube de Roma, estava preocupada em assegurar a continuidade da acumulação capitalista por meio da economia de recursos.

Pela visão utilitarista, o meio ambiente é como um repositório de recursos materiais sem nenhum componente sociocultural. Em oposição, a visão cultural não se pergunta sobre os meios, mas sobre a finalidade da apropriação dos recursos pela humanidade, uma vez que o meio ambiente é entendido como constituído de grande variedade de qualidades socioculturais. Segundo essa visão, não existe meio ambiente sem sujeito; logo, existem tantos ambientes quanto povos e grupos sociais que thes atribuam sentido.

Assim, segundo Acselrad, o conflito e a desigualdade ambiental são denunciados pelos sujeitos envolvidos e podem, dessa forma, ser definidos como uma exposição desproporcional dos grupos sociais subalternos aos riscos produzidos pelas redes técnico-produtivas da riqueza ou pela perda do seu ambiente por causa da concentração dos benefícios do desenvolvimento nas mãos de poucos.

Isso quer dizer que os riscos ambientais são diferenciados e distribuídos de forma desigual entre as diferentes sociedades e culturas. Essa desigualdade de exposição aos riscos é a essência dos conflitos ambientais. Nesse sentido, os mais ricos têm maior mobilidade e mais condições de escapar dos riscos, diferentemente dos mais pobres, mais propensos a ficarem presos em um circuito de risco. A poluição, por exemplo, não seria um risco que atingiria da mesma forma diferentes grupos sociais - como defendem aqueles que veem nos problemas ambientais uma questão que afeta a todos igualmente-, demandando colaboração e consenso entre os diferentes grupos para sua superação.

Copie isso novamente Utilitarismo capitalista e ecologismo de resultados
Por outro lado, a adoção do discurso ambientalista por agências multilaterais, empresas poluidoras e governos fez surgir um discurso conciliador, mais pragmático, que passou a ser chamado de "ecologismo de resultados". Esse discurso procurou neutralizar as lutas ambientais e produziu a "ambientalização" também do próprio modelo capitalista de produção de riquezas, em um processo denominado modernização ecológica, que procura conciliar o crescimento econômico e a resolução de conflitos ambientais com ênfase em adaptação tecnológica, economia de mercado e crença na colaboraçâo e no consenso.

Segundo Henri Acselrad, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a questão ambiental apresenta um confronto entre uma posição cultural e uma posição utilitária. Se a posição cultural questionava os valores do consumismo estabelecido na era capitalista e por meio da industrialização químico-mecanizada da agricultura, a posição utilitarista, inaugurada pelo Clube de Roma, estava preocupada em assegurar a continuidade da acumulação capitalista por meio da economia de recursos.

Pela visão utilitarista, o meio ambiente é como um repositório de recursos materiais sem nenhum componente sociocultural. Em oposição, a visão cultural não se pergunta sobre os meios, mas sobre a finalidade da apropriação dos recursos pela humanidade, uma vez que o meio ambiente é entendido como constituído de grande variedade de qualidades socioculturais. Segundo essa visão, não existe meio ambiente sem sujeito; logo, existem tantos ambientes quanto povos e grupos sociais que thes atribuam sentido.

Assim, segundo Acselrad, o conflito e a desigualdade ambiental são denunciados pelos sujeitos envolvidos e podem, dessa forma, ser definidos como uma exposição desproporcional dos grupos sociais subalternos aos riscos produzidos pelas redes técnico-produtivas da riqueza ou pela perda do seu ambiente por causa da concentração dos benefícios do desenvolvimento nas mãos de poucos.

Isso quer dizer que os riscos ambientais são diferenciados e distribuídos de forma desigual entre as diferentes sociedades e culturas. Essa desigualdade de exposição aos riscos é a essência dos conflitos ambientais. Nesse sentido, os mais ricos têm maior mobilidade e mais condições de escapar dos riscos, diferentemente dos mais pobres, mais propensos a ficarem presos em um circuito de risco. A poluição, por exemplo, não seria um risco que atingiria da mesma forma diferentes grupos sociais - como defendem aqueles que veem nos problemas ambientais uma questão que afeta a todos igualmente-, demandando colaboração e consenso entre os diferentes grupos para sua superação.
Send your questions through the App
Equipe Meu Guru

Do you prefer an expert tutor to solve your activity?

  • Receive your completed work by the deadline
  • Chat with the tutor.
  • 7-day error guarantee