De poemas épicos Ilíada e Odisseia dos sécs. VIII a.C. e VII a.C., respectivamente, nascem controvérsias sobre o que é o heroico e o que é a virtude. A ilíada se destaca por ações heroicas, enquanto a Odisseia, por um papel pedagógico significativo. Narravam as histórias gregas, refletindo a cultura grega e transmitindo os valores culturais relacionados às realizações humanas. Para expressar uma concepção de heroísmo, as ciranças permanecem passivas. As ações heroicas relacionadas nas epopeias mostram a constante interdependência dos deuses e do destino, para prosseguir o indíviduo. Nessas histórias, o indivíduo é preso do destino, conceito imutável. O herói vivia, desse modo, na dependência dos deuses e do destino, faltando a noção de vontade pessoal, de liberdade. Mas isso não lhe retira, sendo escolhido pelos deuses, o reconhecimento de que ele se diferenciava por ter a virtude do guerreiro belo e bom, que se manifestava pela coragem e pela força, sobretudo no campo de batalha. Diferente do que hoje entendemos por virtude, para os gregos esse valor correspondia à excelência e à superioridade, objetivo supremo do herói guerreiro. Essa virtude era expressada igualmente na assembleia dos guerreiros, pelo poder de persuasão do discurso.
Hesíodo é outro poeta que teria vivido por volta do final do século. Hesíodo desenvolveu um estilo pessoal, que tendia a revelar aspectos novos e indicativos do próprio desenvolvimento espiritual. Na Teogonia, Hesíodo relata que no princípio surgiu o Caos que origina os deuses primordiais, como Geia (a Terra) e Eros. Gaia gerou Urano e, em uma ele, deu origem aos gigantes, ciclopes e titãs. Caos: para os gregos, é o vazio inicial.
Virtude. Do latim vir, virtus, primitivamente, vir significa "o homem viril", "forte", "corajoso". Teogonia, do grego theos, "deus", -gonos, "origem", significa "genealogia dos deuses". Cosmogonia. Do grego kósmos, "Universo", e gonos, "origem", designação dada às teorias que têm por objeto explicar a formação do Universo.