De quantas graças tinha, a Natureza
De quantas graças tinha, a Natureza
Fez um belo e riquíssimo tesouro,
E com rubis e rosas, neve e ouro,
Formou sublime e angélica beleza.
Pôs na boca os rubis, e na pureza
Do belo rosto as rosas, por quem mouro;
No cabelo o valor do metal louro;
No peito a neve em que a alma tenho acesa.
Mas nos olhos mostrou quanto podia,
E fez deles um sol, onde se apura
A luz mais clara que a do claro dia.
Enfim, Senhora, em vossa compostura
Ela a apurar chegou quanto sabia
De ouro, rosas, rubis, neve e luz pura.
Luís de Camões
A obra de Luís de Camões é dividida em lírica e épica. E é a partir da obra de Camões que surgiram os parâmetros para definição das principais características literárias do Classicismo.
A partir da leitura do poema acima, assinale a alternativa correta.
A figura de estilo utilizada no poema é o paradoxo.
Não existe apuro na forma de construção de seu poema.
A dor é sempre uma ferramenta para a obra Camões.
Camões era avesso ao uso de fontes gregas em sua obra.
O poeta faz a analogia utilizando os melhores elementos naturais.