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FLORZINHA
Do Grunhido ao Satélite Assim como cresce e se desenvolve u...
Do Grunhido ao Satélite
Assim como cresce e se desenvolve uma grande árvore, a
comunicação evoluiu de uma pequena semente – a associação inicial
entre um signo e um objeto – para formar linguagens e inventar meios
que vencessem o tempo e a distância, ramificando-se em sistemas e
instituições até cobrir o mundo com seus ramos. E não contente em
cobrir o mundo, a grande árvore já começou a lançar seus brotos à
procura das estrelas.
A comunicação humana tem um começo bastante nebuloso.
Realmente não sabemos como foi que os homens primitivos
começaram a se comunicar entre si, se por gritos ou grunhidos, como
fazem os animais, ou se por gestos, ou ainda por combinações de
gritos, grunhidos e gestos.
Durante bastante tempo discutiu-se a origem da fala humana.
Alguns afirmavam que os primeiros sons usados para criar uma
linguagem eram imitações dos sons da natureza: o cantar do pássaro,
o latido do cachorro, a queda-d’água, o trovão. Outros afirmavam
que os sons humanos vinham de exclamações espontâneas com o
“ai” da pessoa ferida, o “ah” de admiração, o “grr” de fúria.
Nada impede que se pense também que o homem primitivo usasse
sons produzidos pelas mãos e pés, e não só pela boca. Poderia ainda ter
produzido sons por meio de objetos, como pedras ou troncos ocos.
Outra grande invenção foi a gramática, isto é, o conjunto de
regras para relacionar os signos entre si. As regras de combinação são
necessárias pela seguinte razão: se o homem possui um repertório de
signos, teoricamente poderia combiná-los de infinitos modos. Se
cada pessoa combinasse seus signos a seu modo, seria muito difícil
comunicar-se com os outros. Graças à gramática, o significado já não
depende só dos signos, mas também da estrutura de sua apresentação.
É por isso que não é a mesma coisa dizer: “Um urso matou meu pai”,
que dizer: “Meu pai matou um urso”.
De posse de repertórios de signos, e de regras para combiná-los,
o homem criou a linguagem.
Eventualmente os homens aprenderam a distinguir modos diversos
de usar a linguagem: modo indicativo, declarativo, interrogativo,
imperativo, traduzindo as diferentes intenções dos interlocutores.
Compreendeu-se que, na linguagem, algumas palavras tinham a
função de indicar ação, outras de nomear as coisas, outra de descrever
qualidades ou estados das coisas etc. Evidentemente, quando criaram
a linguagem, os homens primitivos não imaginavam que estas funções
algum dia receberiam os nomes de verbo, substantivo, adjetivo,
advérbio etc.
BORDENAVE, Juan E. Diaz, O que é comunicação. ) Sobre a comunicação humana, podemos inferir do texto que:
a) Há uma concepção inatista do uso da língua, como objeto
unicamente da espécie homo sapiens, dando a certeza da
origem e evolução do fenômeno linguístico.
b) O que dissocia homens primitivos de homens civilizados é
a forma de comunicação.
c) A gramática é grande invenção humana capaz de determinar
os meios e as formas de comunicação.
d) Os sons da natureza constituem repertórios de signos menos
elaborados, incapazes de estabelecer comunicação entre os
humanos.
e) A fala é um fenômeno individual de vontade e inteligência e
suas origens estão relacionadas aos modos de uso da
linguagem, como o indicativo, declarativo, interrogativo,
imperativo.
Do Grunhido ao Satélite Assim como cresce e se desenvolve uma grande árvore, a comunicação evoluiu de uma pequena semente – a associação inicial entre um signo e um objeto – para formar linguagens e inventar meios que vencessem o tempo e a distância, ramificando-se em sistemas e instituições até cobrir o mundo com seus ramos. E não contente em cobrir o mundo, a grande árvore já começou a lançar seus brotos à procura das estrelas. A comunicação humana tem um começo bastante nebuloso. Realmente não sabemos como foi que os homens primitivos começaram a se comunicar entre si, se por gritos ou grunhidos, como fazem os animais, ou se por gestos, ou ainda por combinações de gritos, grunhidos e gestos. Durante bastante tempo discutiu-se a origem da fala humana. Alguns afirmavam que os primeiros sons usados para criar uma linguagem eram imitações dos sons da natureza: o cantar do pássaro, o latido do cachorro, a queda-d’água, o trovão. Outros afirmavam que os sons humanos vinham de exclamações espontâneas com o “ai” da pessoa ferida, o “ah” de admiração, o “grr” de fúria. Nada impede que se pense também que o homem primitivo usasse sons produzidos pelas mãos e pés, e não só pela boca. Poderia ainda ter produzido sons por meio de objetos, como pedras ou troncos ocos. Outra grande invenção foi a gramática, isto é, o conjunto de regras para relacionar os signos entre si. As regras de combinação são necessárias pela seguinte razão: se o homem possui um repertório de signos, teoricamente poderia combiná-los de infinitos modos. Se cada pessoa combinasse seus signos a seu modo, seria muito difícil comunicar-se com os outros. Graças à gramática, o significado já não depende só dos signos, mas também da estrutura de sua apresentação. É por isso que não é a mesma coisa dizer: “Um urso matou meu pai”, que dizer: “Meu pai matou um urso”. De posse de repertórios de signos, e de regras para combiná-los, o homem criou a linguagem. Eventualmente os homens aprenderam a distinguir modos diversos de usar a linguagem: modo indicativo, declarativo, interrogativo, imperativo, traduzindo as diferentes intenções dos interlocutores. Compreendeu-se que, na linguagem, algumas palavras tinham a função de indicar ação, outras de nomear as coisas, outra de descrever qualidades ou estados das coisas etc. Evidentemente, quando criaram a linguagem, os homens primitivos não imaginavam que estas funções algum dia receberiam os nomes de verbo, substantivo, adjetivo, advérbio etc. BORDENAVE, Juan E. Diaz, O que é comunicação. ) Sobre a comunicação humana, podemos inferir do texto que: a) Há uma concepção inatista do uso da língua, como objeto unicamente da espécie homo sapiens, dando a certeza da origem e evolução do fenômeno linguístico. b) O que dissocia homens primitivos de homens civilizados é a forma de comunicação. c) A gramática é grande invenção humana capaz de determinar os meios e as formas de comunicação. d) Os sons da natureza constituem repertórios de signos menos elaborados, incapazes de estabelecer comunicação entre os humanos. e) A fala é um fenômeno individual de vontade e inteligência e suas origens estão relacionadas aos modos de uso da linguagem, como o indicativo, declarativo, interrogativo, imperativo.