Em quais aspectos os poemas de Manuel Bandeira e de Mário de Andrade se afastam do gosto poético dominante? Analise as afirmações a seguir:
I- Manuel Bandeira, no trecho "O sapo-tanoeiro, / Parnasiano aguado, / Diz: 'Meu cancioneiro/É bem martelado'", repudia a poética dominante ao comparar o poeta parnasiano a um animal sem nenhum encanto que é o "sapo".
II- O sapo, que inspira nojo é classificado de parnasiano aguado e sua forma de poetar "martelada", ou seja, marcada, metrificada que é o que se pode ver em Profissão de fé.
III- Bandeira vai retomando características da poesia parnasiana para criticá-las e utiliza o mesmo tipo de imagens: "lavor de joalheiro" em Bandeira dialoga com o "lavor do ourives" em Bilac em que o [...] lavor do verso, acaso, /Por tão subtil, / Possa o lavor lembrar de um vaso/De Becerril.
IV- Mário de Andrade ataca a sociedade burguesa, mostrando as dificuldades de uma maioria desfavorecida como se percebe no trecho: Ai filha, que te darei pelos teu anos, ? Um colar... conto e quinhentos!!!, / Mas nós morremos de fome!"
V- Durante a programação da Semana de Arte Moderna (SAM), realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Munficipal de São Paulo, a leitura dos poemas "Os Sapos" e "Ode ao Burguês" foram tomadas como um insulto ao público ali presente. Já o poema "Profissão de Fé" expressava o gosto literário dominante, nas primeiras décadas do século XX, no Brasil.
São CORRETAS as afirmações contidas em:
