Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa
a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido
quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre
facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido,
por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes
uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na
Escolha uma opção:
O a. rigidez das normas jurídicas.
Ob. prevalência dos interesses privados.
Oc. legitimidade das ações burocráticas.
Od. solidez da organização institucional.