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Texto I - A Raposa e as Uvas
Uma raposa estava com muita fome. Foi quando viu uma parreira cheia de lindos cachos de uva. Imediatamente começou a dar pulos para ver se pegava as uvas. Mas a latada era muito alta e, por mais que pulasse a raposa não as alcançava. "Estão verdes" – disse, com ar de desprezo.
E já ia seguindo o seu caminho, quando ouviu um pequeno ruído.
Pensando que era uma uva caindo, deu um pulo para abocanhá-la. Era apenas uma folha e a raposa foi-se embora, olhando disfarçadamente para os lados. Precisava ter certeza de que ninguém percebera que queria as uvas.
Também é assim com as pessoas: quando não podem ter o que desejam, fingem que não o desejam.
(12 Fábulas de Esopo. Trad. Por Fernanda Lopes de Almeida. São Paulo: Ática, 1994)
Texto II - A Raposa e as Uvas
De repente a raposa, esfomeada e gulosa, fome de quatro dias e guia de todos os tempos, saiu do areal do deserto e caiu na sombra deliciosa do parreiral que descia por um precipício a perder de vista. Olhou e viu, além de tudo, a altura de um salto, cachos de uva maravilhosos, uvas grandes, tentadoras. Armou o salto, retesou o corpo, saltou, e, tocinho passado a um palmo das uvas. Caiu, tentou de novo, não conseguiu. Descansou, encolheu mais o corpo, deu tudo que tinha, não conseguiu nem roçar nas uvas gordas e redondas. Desistiu, dizendo entre os dentes, com raiva: "Ah, também não têm importância. Estão muito verdes!" E foi descendo, com cuidado, quando viu à sua frente uma pedra enorme. Com esforço empurrou a pedra até o local em que estavam os cachos de uva, trepou na pedra, perigosamente, pois o terreno era irregular, e havia o risco de despencar, esticou a pata e... conseguiu! Com avidez, colocou na boca quase o cacho inteiro. E cuspiu. Realmente as uvas estavam muito verdes!
Moral: a frustração é uma forma de julgamento como qualquer outra.
(Milly Fernandes. Fábulas Fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1981. P. 118.)
Compreensão e interpretação
- Fábula é uma pequena narrativa, muito simples, em que as personagens geralmente são animais.
a) Na fábula de Esopo, a raposa, com fome, vê "lindos cachos de uva". Se os cachos eram lindos, por que, então, a raposa diz que as uvas estavam verdes?
b) A raposa, não alcançando as uvas, vai embora. Que fato posterior a este comprova que a raposa mentia ao dizer que as uvas estavam verdes?