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Vitor
– Essa cova em que estás, com palmos medida, é a cota me...
– Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
– É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.
– Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
– É uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.
– É uma cova grande
para teu defunto parco,
porem mais que no mundo
te sentirás largo.
– É uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca.
João Cabral de Melo Neto
– Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
– É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.
– Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
– É uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.
– É uma cova grande
para teu defunto parco,
porem mais que no mundo
te sentirás largo.
– É uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca.
João Cabral de Melo Neto
Relacione a imagem com o fragmento do texto de Morte e Vida Severina:
Assinale as alternativas a seguir e coloque V nas verdadeiras e F nas falsas.
( ) O poema não tem nenhuma relação com a charge, pois não se pode relacionar dois tipos de linguagem completamente diferentes: verbal e visual. Além disso, na charge, a mensagem imagética e linguística apresenta uma crítica ferrenha à desigualdade social, enquanto o poema nega o valor da Reforma Agrária, uma vez que defende o monopólio da terra.
( ) O poema de João Cabral de Melo Neto desenvolve a temática da desigualdade social à semelhança da charge, que também aborda a mesma questão. Ambos tomam como ponto de partida a posse da terra. Há, entre as duas mensagens, uma única preocupação que é a aquisição de bens materiais.
( ) A charge apresenta, tanto quanto o fragmento do texto de João Cabral, uma crítica à condição do lavrador, que, durante toda vida, trabalha a terra, mas só tem direito a ela quando morre. Na imagem, o lavrador vivo traz a placa SEM TERRA, enquanto no poema, tal qual na charge, só adquire o direito à terra após a morte, que representa “a terra que queria ver dividida.”
( ) Diferentemente do texto escrito, a imagem revela um novo tipo de transmissão de mensagem em que se encontra eliminada a linguagem verbal, ocorrendo exclusivamente um discurso imagético. Nele o homem e a terra se confundem por ocasião da morte, que iguala todos os seres humanos, e isso fica explícito na antítese sem terra/com terra.
( ) As duas mensagens tematizam a questão da posse da terra, apresentando um discurso crítico, que enfatiza o fato do lavrador não ter direito à terra, razão pela qual é designado como “sem terra”. Essa expressão atualmente identifica os participantes do movimento social, que lutam pelo reconhecimento do camponês que continua sem obter o tão desejado torrão. ( ) O poema de João Cabral de Melo Neto desenvolve a temática da desigualdade social à semelhança da charge, que também aborda a mesma questão. Ambos tomam como ponto de partida a posse da terra. Há, entre as duas mensagens, uma única preocupação que é a aquisição de bens materiais.
( ) A charge apresenta, tanto quanto o fragmento do texto de João Cabral, uma crítica à condição do lavrador, que, durante toda vida, trabalha a terra, mas só tem direito a ela quando morre. Na imagem, o lavrador vivo traz a placa SEM TERRA, enquanto no poema, tal qual na charge, só adquire o direito à terra após a morte, que representa “a terra que queria ver dividida.”
( ) Diferentemente do texto escrito, a imagem revela um novo tipo de transmissão de mensagem em que se encontra eliminada a linguagem verbal, ocorrendo exclusivamente um discurso imagético. Nele o homem e a terra se confundem por ocasião da morte, que iguala todos os seres humanos, e isso fica explícito na antítese sem terra/com terra.
( ) As duas mensagens tematizam a questão da posse da terra, apresentando um discurso crítico, que enfatiza o fato do lavrador não ter direito à terra, razão pela qual é designado como “sem terra”. Essa expressão atualmente identifica os participantes do movimento social, que lutam pelo reconhecimento do camponês que continua sem obter o tão desejado torrão.