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Vitor

Estudos Gerais02/26/2025

– Essa cova em que estás, com palmos medida, é a cota me...

– Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.

– É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
neste latifúndio.

– Não é cova grande.
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.

– É uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.

– É uma cova grande
para teu defunto parco,
porem mais que no mundo
te sentirás largo.

– É uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca.

João Cabral de Melo Neto

Relacione a imagem com o fragmento do texto de Morte e Vida Severina:

Assinale as alternativas a seguir e coloque V nas verdadeiras e F nas falsas.

( ) O poema não tem nenhuma relação com a charge, pois não se pode relacionar dois tipos de linguagem completamente diferentes: verbal e visual. Além disso, na charge, a mensagem imagética e linguística apresenta uma crítica ferrenha à desigualdade social, enquanto o poema nega o valor da Reforma Agrária, uma vez que defende o monopólio da terra.

( ) O poema de João Cabral de Melo Neto desenvolve a temática da desigualdade social à semelhança da charge, que também aborda a mesma questão. Ambos tomam como ponto de partida a posse da terra. Há, entre as duas mensagens, uma única preocupação que é a aquisição de bens materiais.

( ) A charge apresenta, tanto quanto o fragmento do texto de João Cabral, uma crítica à condição do lavrador, que, durante toda vida, trabalha a terra, mas só tem direito a ela quando morre. Na imagem, o lavrador vivo traz a placa SEM TERRA, enquanto no poema, tal qual na charge, só adquire o direito à terra após a morte, que representa “a terra que queria ver dividida.”

( ) Diferentemente do texto escrito, a imagem revela um novo tipo de transmissão de mensagem em que se encontra eliminada a linguagem verbal, ocorrendo exclusivamente um discurso imagético. Nele o homem e a terra se confundem por ocasião da morte, que iguala todos os seres humanos, e isso fica explícito na antítese sem terra/com terra.

( ) As duas mensagens tematizam a questão da posse da terra, apresentando um discurso crítico, que enfatiza o fato do lavrador não ter direito à terra, razão pela qual é designado como “sem terra”. Essa expressão atualmente identifica os participantes do movimento social, que lutam pelo reconhecimento do camponês que continua sem obter o tão desejado torrão. ( ) O poema de João Cabral de Melo Neto desenvolve a temática da desigualdade social à semelhança da charge, que também aborda a mesma questão. Ambos tomam como ponto de partida a posse da terra. Há, entre as duas mensagens, uma única preocupação que é a aquisição de bens materiais.

( ) A charge apresenta, tanto quanto o fragmento do texto de João Cabral, uma crítica à condição do lavrador, que, durante toda vida, trabalha a terra, mas só tem direito a ela quando morre. Na imagem, o lavrador vivo traz a placa SEM TERRA, enquanto no poema, tal qual na charge, só adquire o direito à terra após a morte, que representa “a terra que queria ver dividida.”

( ) Diferentemente do texto escrito, a imagem revela um novo tipo de transmissão de mensagem em que se encontra eliminada a linguagem verbal, ocorrendo exclusivamente um discurso imagético. Nele o homem e a terra se confundem por ocasião da morte, que iguala todos os seres humanos, e isso fica explícito na antítese sem terra/com terra.

( ) As duas mensagens tematizam a questão da posse da terra, apresentando um discurso crítico, que enfatiza o fato do lavrador não ter direito à terra, razão pela qual é designado como “sem terra”. Essa expressão atualmente identifica os participantes do movimento social, que lutam pelo reconhecimento do camponês que continua sem obter o tão desejado torrão.

– Essa cova em que estás,  
com palmos medida,  
é a cota menor  
que tiraste em vida.  

– É de bom tamanho,  
nem largo nem fundo,  
é a parte que te cabe  
neste latifúndio.  

– Não é cova grande.  
é cova medida,  
é a terra que querias  
ver dividida.  

– É uma cova grande  
para teu pouco defunto,  
mas estarás mais ancho  
que estavas no mundo.  

– É uma cova grande  
para teu defunto parco,  
porem mais que no mundo  
te sentirás largo.  

– É uma cova grande  
para tua carne pouca,  
mas a terra dada  
não se abre a boca.  

João Cabral de Melo Neto
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