exto-base: “Quanto à medicalização, pode ser compreendida como extensão de práticas médicas, por meio do cuidado médico individual, como a instauração de um tipo de saber médico e como a invenção de desvios e patologias que desnaturalizam a vida cotidiana. O processo de medicalização é, também, relacionado ao poder simbólico que os profissionais médicos detêm, e que é o poder de fazer ver e fazer crer, impondo uma visão e o reconhecimento desse poder, que passa a ser visto como natural, tanto por quem exerce o poder como por quem a ele está submetido, reforçando a hegemonia desses profissionais no campo da saúde, que é, também, um campo social.”
Fonte: MOURA, C. F. S.; LOPES, G. T.; SANTOS, T. C. F. Humanização e Desmedicalização da assistência à mulher: do ensino à prática. Rev. enferm. UERJ, Rio de Janeiro, 2009 abr/jun; 17(2):182-7, p. 183. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v17n2/v17n2a07.pdf. Acesso em: 21 mar. 2016.
Enunciado: O que é correto afirmar a partir do texto acima sobre a Desmedicalização?
Escolha uma:
a. É possível relativizar a exclusividade da Medicina e do campo da saúde sobre a patologia, ampliando uma forma de compreendê-la que também englobe outras áreas do conhecimento.
b. A medicalização é uma extensão das práticas médicas; portanto, há os médicos que não medicam por não dominar o conteúdo extensivo.
c. A Desmedicalização só será possível com a adesão dos médicos; sem eles, ninguém pode dominar o conhecimento sobre a saúde e a patologia.
d. O uso da medicação é nocivo e deve ser abolido, pois ela se mostra mais danosa que benéfica no tratamento das diversas patologias.
e. Ao desmedicalizar, perde-se a descrição de diversas patologias que passam a ser compreendidas simplesmente como ações cotidianas.
