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Estudos Gerais04/15/2025

FICHA 1 História da ciência - método científico Método cient...

FICHA 1 História da ciência - método científico Método científico Observar, investigar, descobrir, percorrer caminhos, refazer, analisar, relatar, discutir, considerar e concluir são etapas do que se faz em ciência – mesmo que em alguns momentos não se chegue a nenhuma conclusão. Ciência é toda forma de conhecimento, seja formal ou informal. Não é apenas produzida em laboratórios ou seguindo roteiros pré-estabelecidos. Ela também está em situações cotidianas, como a observação de um raio ou uma invenção ao acaso.

Leia a seguir um relato de uma descoberta feita ao acaso.

No século III a.C., a grande metrópole do Oriente Próximo é a cidade egípcia de Alexandria. A maior riqueza da cidade era sua biblioteca, que deveria conter cerca de um milhão de volumes de pergaminhos e papiros escritos à mão. Vivia nesta cidade um homem chamado Eratóstenes, que, durante alguns anos, foi diretor da maior das bibliotecas. Um dia, Eratóstenes, lendo um dos papiros depositados na biblioteca, deparou-se com o seguinte registro: “na cidade avançada do sul de Siena, próximo à catarata do Nilo, ao meio-dia de 21 de junho, as varetas retas e verticais não produziam sombra”. Era um registro, como milhares que deveriam existir na biblioteca, que qualquer outra pessoa facilmente ignoraria. Que importância poderia ter a sombra de uma vareta nos acontecimentos do dia a dia. Mas Eratóstenes era um cientista; repetiu a experiência em Alexandria e constatou que ao meio-dia de 21 de junho existia sombra. Perguntou a si mesmo: como uma vareta em Siena não tinha sombra, e em Alexandria, mais ao norte, tinha uma sombra pronunciada? E raciocinou: se admitirmos que as duas varetas não produzem sombra para um mesmo instante, seria perfeitamente compreensível, admitindo-se que a Terra como plana. O sol estaria na vertical. Se as duas varetas produzissem sombras iguais, isto também faria sentido em uma terra plana: os raios do sol estariam inclinados no mesmo ângulo. Mas o que fazia com que, num mesmo momento, não houvesse sombra em Siena e sim em Alexandria? A única resposta possível, ele concluiu, era que a superfície da Terra era curva. Calculou também que, pela diferença nos comprimentos das sombras, o ângulo entre Alexandria e Siena deveria ser de sete graus em relação ao centro da Terra. Eratóstenes alugou um homem para medir a distância entre Alexandria e Siena (em passos), resultando em 800 quilômetros, e concluiu que a circunferência da terra era de 40.000 km. Os únicos instrumentos de Eratóstenes eram varetas, olhos, pés e cérebro, além de uma inclinação para experiências. Com eles deduziu a circunferência da Terra com erro de poucos por cento, um feito notável há 2.200 anos. Foi a primeira pessoa a medir com precisão o tamanho do planeta.

SAGAN, C. Cosmos. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1989.

  1. A partir do relato, você consegue identificar quais são os elementos do método científico?

  2. Quais características Eratóstenes apresentou, que fazem com que cientistas ou pesquisadores vão além de uma simples curiosidade?

  3. Você conhece algum experimento famoso que ficou internacionalmente reconhecido por contribuir com algum campo do conhecimento?

  4. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp (2014) – indica, no seu Código de boas práticas científicas, as qualidades requeridas em um pesquisador: honestidade intelectual, objetividade e imparcialidade, veracidade, justiça e responsabilidade. a) Você acha que só os pesquisadores precisam desses atributos? Por quê? b) Quais outras qualidades desejáveis a um pesquisador ou cientista você elencaria?

Quero a resposta de todas as perguntas dessa pag

FICHA 1
História da ciência - método científico
Método científico
Observar, investigar, descobrir, percorrer caminhos, refazer, analisar, relatar, discutir, considerar e concluir são etapas do que se faz em ciência – mesmo que em alguns momentos não se chegue a nenhuma conclusão. Ciência é toda forma de conhecimento, seja formal ou informal. Não é apenas produzida em laboratórios ou seguindo roteiros pré-estabelecidos. Ela também está em situações cotidianas, como a observação de um raio ou uma invenção ao acaso.

Leia a seguir um relato de uma descoberta feita ao acaso.

No século III a.C., a grande metrópole do Oriente Próximo é a cidade egípcia de Alexandria. A maior riqueza da cidade era sua biblioteca, que deveria conter cerca de um milhão de volumes de pergaminhos e papiros escritos à mão. Vivia nesta cidade um homem chamado Eratóstenes, que, durante alguns anos, foi diretor da maior das bibliotecas.
Um dia, Eratóstenes, lendo um dos papiros depositados na biblioteca, deparou-se com o seguinte registro: “na cidade avançada do sul de Siena, próximo à catarata do Nilo, ao meio-dia de 21 de junho, as varetas retas e verticais não produziam sombra”. Era um registro, como milhares que deveriam existir na biblioteca, que qualquer outra pessoa facilmente ignoraria. Que importância poderia ter a sombra de uma vareta nos acontecimentos do dia a dia.
Mas Eratóstenes era um cientista; repetiu a experiência em Alexandria e constatou que ao meio-dia de 21 de junho existia sombra. Perguntou a si mesmo: como uma vareta em Siena não tinha sombra, e em Alexandria, mais ao norte, tinha uma sombra pronunciada? E raciocinou: se admitirmos que as duas varetas não produzem sombra para um mesmo instante, seria perfeitamente compreensível, admitindo-se que a Terra como plana. O sol estaria na vertical. Se as duas varetas produzissem sombras iguais, isto também faria sentido em uma terra plana: os raios do sol estariam inclinados no mesmo ângulo. Mas o que fazia com que, num mesmo momento, não houvesse sombra em Siena e sim em Alexandria?
A única resposta possível, ele concluiu, era que a superfície da Terra era curva. Calculou também que, pela diferença nos comprimentos das sombras, o ângulo entre Alexandria e Siena deveria ser de sete graus em relação ao centro da Terra. Eratóstenes alugou um homem para medir a distância entre Alexandria e Siena (em passos), resultando em 800 quilômetros, e concluiu que a circunferência da terra era de 40.000 km.
Os únicos instrumentos de Eratóstenes eram varetas, olhos, pés e cérebro, além de uma inclinação para experiências. Com eles deduziu a circunferência da Terra com erro de poucos por cento, um feito notável há 2.200 anos. Foi a primeira pessoa a medir com precisão o tamanho do planeta.

SAGAN, C. Cosmos. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1989.

1. A partir do relato, você consegue identificar quais são os elementos do método científico?

2. Quais características Eratóstenes apresentou, que fazem com que cientistas ou pesquisadores vão além de uma simples curiosidade?

3. Você conhece algum experimento famoso que ficou internacionalmente reconhecido por contribuir com algum campo do conhecimento?

4. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp (2014) – indica, no seu Código de boas práticas científicas, as qualidades requeridas em um pesquisador: honestidade intelectual, objetividade e imparcialidade, veracidade, justiça e responsabilidade.
a) Você acha que só os pesquisadores precisam desses atributos? Por quê?
b) Quais outras qualidades desejáveis a um pesquisador ou cientista você elencaria?
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