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arthur
FICHA 1 História da ciência - método científico Método cient...
FICHA 1
História da ciência - método científico
Método científico
Observar, investigar, descobrir, percorrer caminhos, refazer, analisar, relatar, discutir, considerar e concluir são etapas do que se faz em ciência – mesmo que em alguns momentos não se chegue a nenhuma conclusão. Ciência é toda forma de conhecimento, seja formal ou informal. Não é apenas produzida em laboratórios ou seguindo roteiros pré-estabelecidos. Ela também está em situações cotidianas, como a observação de um raio ou uma invenção ao acaso.
Leia a seguir um relato de uma descoberta feita ao acaso.
No século III a.C., a grande metrópole do Oriente Próximo é a cidade egípcia de Alexandria. A maior riqueza da cidade era sua biblioteca, que deveria conter cerca de um milhão de volumes de pergaminhos e papiros escritos à mão. Vivia nesta cidade um homem chamado Eratóstenes, que, durante alguns anos, foi diretor da maior das bibliotecas.
Um dia, Eratóstenes, lendo um dos papiros depositados na biblioteca, deparou-se com o seguinte registro: “na cidade avançada do sul de Siena, próximo à catarata do Nilo, ao meio-dia de 21 de junho, as varetas retas e verticais não produziam sombra”. Era um registro, como milhares que deveriam existir na biblioteca, que qualquer outra pessoa facilmente ignoraria. Que importância poderia ter a sombra de uma vareta nos acontecimentos do dia a dia.
Mas Eratóstenes era um cientista; repetiu a experiência em Alexandria e constatou que ao meio-dia de 21 de junho existia sombra. Perguntou a si mesmo: como uma vareta em Siena não tinha sombra, e em Alexandria, mais ao norte, tinha uma sombra pronunciada? E raciocinou: se admitirmos que as duas varetas não produzem sombra para um mesmo instante, seria perfeitamente compreensível, admitindo-se que a Terra como plana. O sol estaria na vertical. Se as duas varetas produzissem sombras iguais, isto também faria sentido em uma terra plana: os raios do sol estariam inclinados no mesmo ângulo. Mas o que fazia com que, num mesmo momento, não houvesse sombra em Siena e sim em Alexandria?
A única resposta possível, ele concluiu, era que a superfície da Terra era curva. Calculou também que, pela diferença nos comprimentos das sombras, o ângulo entre Alexandria e Siena deveria ser de sete graus em relação ao centro da Terra. Eratóstenes alugou um homem para medir a distância entre Alexandria e Siena (em passos), resultando em 800 quilômetros, e concluiu que a circunferência da terra era de 40.000 km.
Os únicos instrumentos de Eratóstenes eram varetas, olhos, pés e cérebro, além de uma inclinação para experiências. Com eles deduziu a circunferência da Terra com erro de poucos por cento, um feito notável há 2.200 anos. Foi a primeira pessoa a medir com precisão o tamanho do planeta.
SAGAN, C. Cosmos. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1989.
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A partir do relato, você consegue identificar quais são os elementos do método científico?
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Quais características Eratóstenes apresentou, que fazem com que cientistas ou pesquisadores vão além de uma simples curiosidade?
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Você conhece algum experimento famoso que ficou internacionalmente reconhecido por contribuir com algum campo do conhecimento?
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp (2014) – indica, no seu Código de boas práticas científicas, as qualidades requeridas em um pesquisador: honestidade intelectual, objetividade e imparcialidade, veracidade, justiça e responsabilidade.
a) Você acha que só os pesquisadores precisam desses atributos? Por quê?
b) Quais outras qualidades desejáveis a um pesquisador ou cientista você elencaria?
FICHA 1 História da ciência - método científico Método científico Observar, investigar, descobrir, percorrer caminhos, refazer, analisar, relatar, discutir, considerar e concluir são etapas do que se faz em ciência – mesmo que em alguns momentos não se chegue a nenhuma conclusão. Ciência é toda forma de conhecimento, seja formal ou informal. Não é apenas produzida em laboratórios ou seguindo roteiros pré-estabelecidos. Ela também está em situações cotidianas, como a observação de um raio ou uma invenção ao acaso.
Leia a seguir um relato de uma descoberta feita ao acaso.
No século III a.C., a grande metrópole do Oriente Próximo é a cidade egípcia de Alexandria. A maior riqueza da cidade era sua biblioteca, que deveria conter cerca de um milhão de volumes de pergaminhos e papiros escritos à mão. Vivia nesta cidade um homem chamado Eratóstenes, que, durante alguns anos, foi diretor da maior das bibliotecas. Um dia, Eratóstenes, lendo um dos papiros depositados na biblioteca, deparou-se com o seguinte registro: “na cidade avançada do sul de Siena, próximo à catarata do Nilo, ao meio-dia de 21 de junho, as varetas retas e verticais não produziam sombra”. Era um registro, como milhares que deveriam existir na biblioteca, que qualquer outra pessoa facilmente ignoraria. Que importância poderia ter a sombra de uma vareta nos acontecimentos do dia a dia. Mas Eratóstenes era um cientista; repetiu a experiência em Alexandria e constatou que ao meio-dia de 21 de junho existia sombra. Perguntou a si mesmo: como uma vareta em Siena não tinha sombra, e em Alexandria, mais ao norte, tinha uma sombra pronunciada? E raciocinou: se admitirmos que as duas varetas não produzem sombra para um mesmo instante, seria perfeitamente compreensível, admitindo-se que a Terra como plana. O sol estaria na vertical. Se as duas varetas produzissem sombras iguais, isto também faria sentido em uma terra plana: os raios do sol estariam inclinados no mesmo ângulo. Mas o que fazia com que, num mesmo momento, não houvesse sombra em Siena e sim em Alexandria? A única resposta possível, ele concluiu, era que a superfície da Terra era curva. Calculou também que, pela diferença nos comprimentos das sombras, o ângulo entre Alexandria e Siena deveria ser de sete graus em relação ao centro da Terra. Eratóstenes alugou um homem para medir a distância entre Alexandria e Siena (em passos), resultando em 800 quilômetros, e concluiu que a circunferência da terra era de 40.000 km. Os únicos instrumentos de Eratóstenes eram varetas, olhos, pés e cérebro, além de uma inclinação para experiências. Com eles deduziu a circunferência da Terra com erro de poucos por cento, um feito notável há 2.200 anos. Foi a primeira pessoa a medir com precisão o tamanho do planeta.
SAGAN, C. Cosmos. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1989.
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A partir do relato, você consegue identificar quais são os elementos do método científico?
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Quais características Eratóstenes apresentou, que fazem com que cientistas ou pesquisadores vão além de uma simples curiosidade?
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Você conhece algum experimento famoso que ficou internacionalmente reconhecido por contribuir com algum campo do conhecimento?
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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp (2014) – indica, no seu Código de boas práticas científicas, as qualidades requeridas em um pesquisador: honestidade intelectual, objetividade e imparcialidade, veracidade, justiça e responsabilidade. a) Você acha que só os pesquisadores precisam desses atributos? Por quê? b) Quais outras qualidades desejáveis a um pesquisador ou cientista você elencaria?
Quero a resposta de todas as perguntas dessa pag