Insurreição Pernambucana
Em 1640, a União Ibérica chegou ao fim. Portugal voltou a ser um país autônomo e firmou tratados de paz com os Países Baixos. Os portugueses reconheceram, inclusive, os domínios neerlandeses em terras brasileiras. Porém, uma série de fatores contribuiu para mudar esse panorama.
Nessa época, ocorreu uma crise no comércio do açúcar. O preço do produto no mercado europeu caiu; no Brasil, epidemias, incêndios e inundações afetaram a produção. As dívidas dos senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais haviam aumentado expressivamente, e os administradores da Companhia começaram a exigir que elas fossem pagas imediatamente. Nassau, por sua vez, entendia que o assunto deveria ser tratado com moderação, mas não teve êxito. Pressionado, pediu demissão do cargo e retornou aos Países Baixos em 1644. Em seu lugar, assumiu uma junta composta de três membros.
Os senhores de engenho perceberam a gravidade da situação: sem dinheiro para quitar seus débitos, corriam o risco de perder suas propriedades ou até de ser presos. Por isso, começaram a articular um movimento com o objetivo de expulsar os neerlandeses.
Conhecido como Insurreição Pernambucana ou Guerra Brasílica, o levante começou em 1645 e se estendeu por nove anos. Pouco a pouco, os neerlandeses foram perdendo seus domínios e sendo expulsos das regiões que controlavam.