João é dono de uma empresa de alimentos e Carlos é um de seus fornecedores. Carlos, não queria mais negociar com João, pois tiveram uma briga pessoal durante o contrato anterior.
Contudo, decide ficar, com o objetivo de tentar fazer um contrato muito ruim para João e que lhe dê um lucro muito maior que os anteriores. No momento da renovação do seu contrato, Carlos percebe que pode usar como estratégia, colocar como novo índice de atualização do contrato um valor de alta volatilidade que estava em baixa naquele momento mas subiria logo. Seu objetive era induzir João a assinar um contrato pior do o anterior, mas sem o avisar, pois ele sabia que esse índice deveria aumentar exponencialmente, dobrando seu lucro e que sem este aparente desconto, João não assinaria um novo contrato.
Desta forma, ao mesmo tempo que fazia João acreditar que estaria assinando o melhor contrato possível, pois ele não tinha conhecimentos econômicos, estava garantindo que ali na frente, o valor do contrato subiria e ele lucraria mais. No fim, pelo desconto inicial baixo, mas sem saber que ele evoluiria, ou seja, pelo seu desconhecimento, João assina o contrato.
Considerando seus conhecimentos acerca das possibilidades de anulabilidade, principalmente no caso de dolo, marque a alternativa que melhor caracteriza o caso.
A.O caso não pode ser anulado, pois não foi o valor baixo que fez Carlos assinar.
b.O caso pode ser anulado, pois o valor baixo não foi essencial no dolo. Caso fosse, não seria.
C.O caso não pode ser anulado. Em negócios jurídicos, mesmo mentiras são válidas.
D.O caso não pode ser anulado. De acordo com o pacta sunt servanda, os negócios jurídicos contratuais são supremos.
E.O caso pode ser anulado, pois a estratégia da mudança de índice usada com alguém que não tem conhecimentos econômicos, foi causa essencial para a realização do negócio.