Leia o texto abaixo.
Lembranças da fazenda
Hoje eu acordei me lembrando do Paulo Michelletto, [...] da fazenda de Louveira. O Paulo era uma figura humana única, especialmente para nós, crianças e adolescentes, que usávamos a fazenda de todos os jeitos. [...]
O Paulo era bom, no sentido exato do termo. Ele era bom e sua bondade se refletia nos seus olhos. [...]
Junto com o Paulo tinha que vir a lembrança da Maria, sua mulher, e depois a Amélia e a Olímpia, todas cozinheiras maravilhosas, que faziam as receitas de tia Lia com uma maestria que poucos grandes chefes do mundo teriam condições de desafiar.
E vieram os três irmãos, a Calica, a Norma e o Lúcio, filhos do Zé Santinho, que trabalhava na sede, enquanto o pai era o responsável pelas mulas que trabalhavam na fazenda.
E veio [...] Elias, que dirigia uma caminhonete [...] que semanalmente trazia leite, frutas e verduras para nossas casas em São Paulo.
E a grande lembrança que hoje faz parte minha infância. Eu acordava de madrugada e descia para a casa [...] no fim da colônia, para tomar meu café do mundo. Pão italiano, com manteiga caseira, tudo feito pelo pai. E o cheiro do café no coador de pano que ele tirava da chaleira onde esquentava.
A maior parte das pessoas não entende do que eu estou falando, mas quem cresceu em fazenda sabe. E sabe também que não há como esquecer coisas maravilhosas que não voltaram nunca mais.
MENCONI, Amarildo. Crônicas da cidade e da fazenda. Crônicas da cidade e da fazenda. Disponível em: https://meulink.fitou5NGh1nTVuD. Acesso em: 19 abr. 2024. Fragmento. (P0061223_SUP)
- (P0061223) Nesse texto, o trecho que traz uma opinião é
A) “O Paulo era uma figura humana única,...” (1º parágrafo)
B) “E vieram os três irmãos,...” (4º parágrafo)
C) “...e veio [...] Elias, que dirigia uma caminhonete...” (5º parágrafo)
D) “Eu acordava de madrugada e descia para a casa [...]” (6º parágrafo)