Leia o texto para responder às questões 3 e 4:
Bruxas não existem
Moacyr Scliar
Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres
malvadas que passavam o tempo todo maquinando
coisas perversas. Os meus amigos também acreditavam
nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha,
uma solteirona que morava numa casinha caindo aos
pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era Ana
Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa".
[...] os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela
tinha uma enorme verruga no queixo. E estava sempre
falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na casa, mas
tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a
encontraríamos preparando venenos num grande
caldeirão.
Nossa diversão predileta era incomodá-la. Volta e meia
invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e
quando, por acaso, a velha saía à rua para fazer compras
no pequeno armazém ali perto, corríamos atrás dela
gritando "bruxa, bruxa!".
[...]
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/7562/bruxas-nao-existem.