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Juliane

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Estudos Gerais05/22/2025

Leia o texto para responder às questões 7 e 8: Um mundo lin...

Leia o texto para responder às questões 7 e 8:

Um mundo lindo Marina Colasanti

Morreu o último caracol da Polinésia. Havia um caracol da Polinésia, um caracol de árvore, e nenhum outro. Era o último. E morreu. Morreu de quê? Ninguém sabe me dizer. O jornal não acha importante revelar a causa mortis de um caracol da Polinésia. Noticia apenas que com ele extinguiu-se a sua espécie. Ninguém nunca mais verá em lugar algum, nem mesmo na Polinésia, um polinesiano caracol.

Pois eu ouso dizer que sei o que foi que o matou. Ele morreu de ser o último. Morreu de sua extrema solidão. Sua vida não era acelerada, nada capaz de causar-lhe stress, mas era dinâmica; ao longo de um ano, graças a esforços e determinação e impulso fornecido pela própria natureza, o molusco lograva deslocar-se cerca de setenta centímetros. Mais, teria sido uma temeridade. Assim mesmo, de que adiantavam esses setenta centímetros suados, batalhados dia a dia, sem ninguém para medi-los, sem nenhum parente amigo companheiro que lhe dissesse, você hoje bateu sua marca? Sem ninguém para esperá-lo na chegada? [...]

Fonte: COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. p. 15-16.

partir da leitura do trecho da crônica “Um mundo lindo”, avalie as afirmações:

I. Apresenta linguagem subjetiva, como em "Pois eu ouso dizer que sei o que foi que o matou".

II. Aborda um tema cotidiano com tom poético e reflexivo, como a extinção de um caracol sendo usada para discutir a solidão.

III. Traz estrutura rígida e impessoal, utilizando dados técnicos e científicos para descrever o caracol.

Está(ão) correta(s)...

A) I e II.

B) II e III.

C) apenas I.

D) apenas II.

Leia o texto para responder às questões 7 e 8:

Um mundo lindo
Marina Colasanti

Morreu o último caracol da Polinésia. Havia um caracol
da Polinésia, um caracol de árvore, e nenhum outro. Era
o último. E morreu. Morreu de quê? Ninguém sabe me
dizer. O jornal não acha importante revelar a causa
mortis de um caracol da Polinésia. Noticia apenas que
com ele extinguiu-se a sua espécie. Ninguém nunca
mais verá em lugar algum, nem mesmo na Polinésia, um
polinesiano caracol.

Pois eu ouso dizer que sei o que foi que o matou. Ele
morreu de ser o último. Morreu de sua extrema solidão.
Sua vida não era acelerada, nada capaz de causar-lhe
stress, mas era dinâmica; ao longo de um ano, graças a
esforços e determinação e impulso fornecido pela
própria natureza, o molusco lograva deslocar-se cerca de
setenta centímetros. Mais, teria sido uma temeridade.
Assim mesmo, de que adiantavam esses setenta
centímetros suados, batalhados dia a dia, sem ninguém
para medi-los, sem nenhum parente amigo companheiro
que lhe dissesse, você hoje bateu sua marca? Sem
ninguém para esperá-lo na chegada? [...]

Fonte: COLASANTI, Marina. A casa das palavras. São Paulo: Ática, 2002. p.
15-16.
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