Mapa mental resumidoOs negros após a Abolição
Após a Abolição e nos primeiros anos da República, a inserção da população negra na sociedade brasileira urbana e rural ocorreu por diversos caminhos. Alguns permaneceram nas fazendas, outros migraram para os grandes centros, criaram imprensa especializada ou dedicaram-se a manifestações artísticas e culturais. No entanto, isso não significou uma melhoria efetiva nas condições de vida da maioria deles.
A mudança de status de escravizado para uma pessoa livre não apagou o legado da escravidão nem os preconceitos raciais presentes na sociedade da época. Pelo contrário, essas ideias foram reforçadas.
Na virada do século XIX para o século XX, havia intelectuais que defendiam a adoção de políticas para abolir a enorme influência negra na formação da sociedade brasileira, tendo o "branqueamento" da população como um de seus projetos. Por meio do incentivo à imigração de pessoas brancas, em especial de europeus, acreditava-se que a proposta estaria consolidada em cerca de cem anos. Além disso, diversas iniciativas do governo buscavam acabar com hábitos e costumes das populações em situação de pobreza, integradas por uma massa de pessoas negras, consideradas atrasadas e opostas à civilização.
Assim, tanto as teorias quanto as políticas públicas contribuíam para manter a marginalização de pessoas de origem africana e seus descendentes, perpetuando a situação criada por quase 400 anos de tráfico negreiro e trabalho escravizado. Nesse cenário, a população negra lutou de diferentes formas contra a exclusão e a discriminação.
M. Lindermann. A ama, c. 1905-1910. Após a Abolição, mulheres negras seguiram fazendo serviços típicos do tempo escravocrata, como o de ama-de-leite.
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las medidas tomadas pelo governo para limitar a inserção social da popu's a abolição, em 1888.