Minha cama
Um hipopótamo na banheira molha sempre a casa inteira.
A água cai e se espalha molha o chão e a toalha.
E o hipopótamo: nem ligo estou lavando o umbigo.
E lava e nunca sossega, esfrega, esfrega e esfrega.
A orelha, o peito, o nariz as costas das mãos, e diz:
Agora vou dormir na lama pois é lá a minha cama!
Sérgio Capparelli. Tigres no quintal. São Paulo: Global, 2008. p. 53.