Na década de 1980, o filme Os Deuses devem estar loucos, narra a aventura de um homem pertencente à uma comunidade tradicional africana sem o contato com outras experiências culturais e sociais; em um dia, em suas atividades cotidianas cai sobre ele uma garrafa de refrigerante, jogada por uma pessoa que sobrevoava a área em um avião. Quando essa garrafa o atinge, este homem atribuiu ao objeto desconhecido um sentido religioso, como se uma das suas divindades religiosas tivesse sido responsável pela queda da garrafa. Veja, que a reflexão posta como pano de fundo, consiste em pensar o modo como as diferentes culturas atribuem significados aos objetos, se para as pessoas que vivem as experiências culturais nos centros urbanos, a garrafa é apenas um objeto de vidro, para o homem em questão, travá-se – naquele momento – a um objeto vindo das divindades, uma vez que “veio” dos céus. Sobre o modo como as pessoas atribuem sentidos aos aspectos da vida, da cultura, e ao social, não são universais e sobre isso, Noberto Elias, discorre o "processo civilizador", como um recurso analítico justamente para pensar sobre os aspectos de aprendizagem e a construção de novos hábitos, e, portanto, de novos sentidos, novos significados.
Considerando seus conhecimentos sobre este assunto, avalie as afirmativas a seguir:
I. Não existe atitude natural no homem, qualquer gesto faz parte de uma determinada experiência histórica, cultural, social e política.
II. É preciso buscar o sentido das atitudes e comportamentos humanos no contexto no qual esse humano está inserido.
III. Os modos de conduta humanos, embora apresentem variações culturais, são justificados na