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Estudos gerais

Na festa dos 34 anos da Clarinha, o seu marido, Amaro, fez um discurso muito aplaudido. Declarou que não trocava a sua Clarinha por duas de 17, sabiam por quê? Porque a Clarinha era duas de 17. Tinha a vivacidade, o frescor e, deduzia-se, o fervor sexual somado de duas adolescentes. No carro, depois da festa, o Marinho comentou: ‒ Bonito, o discurso do Amaro. ‒ Não dou dois meses para eles se separarem ‒ disse a Nair. ‒ O quê? ‒ Marido, quando começa a elogiar muito a mulher… Nair deixou no ar todas as implicações da duplicidade masculina. ‒ Mas eles parecem cada vez mais apaixonados ‒ protestou Marinho. ‒ Exatamente. Apaixonados demais. Lembra o que eu disse quando a Janice e o Pedrão começaram a andar de mãos dadas? ‒ É mesmo… ‒ Vinte anos de casados e de repente começam a andar de mãos dadas? Como namorados? Ali tinha coisa. ‒ É mesmo… ‒ E não deu outra. Divórcio e litigioso. ‒ Você tem razão. ‒ E o Mário com a coitada da Marli? De uma hora para outra? Beijinho, beijinho, “mulher formidável” e descobriram que ele estava de caso com a gerente da loja dela. ‒ Você acha, então, que o Amaro tem outra? ‒ Ou outras. Nem duas de 17 estavam fora de cogitação. ‒ Acho que você tem razão, Nair. Nenhum homem faz uma declaração daquelas assim, sem outros motivos. ‒ Eu sei que tenho razão. ‒ Você tem sempre razão, Nair. ‒ Sempre, não sei. ‒ Sempre. Você é inteligente, sensata, perspicaz e invariavelmente acerta na mosca. Você é uma mulher formidável, Nair. Durante algum tempo, só se ouviu, dentro do carro, o chiado dos pneus no asfalto. Aí Nair perguntou: ‒ Quem é ela, Marinho? 30 questões dissertativas sobre interpretação de texto e cronica narrativa com gabarito

A

Aline

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08/10/24