O homem se tornou lobo para o homem, porque a meta do desenvolvimento industrial está concentrada num objeto e não no ser humano. A tecnologia e a própria ciência não respeitaram os valores éticos e, por isso, não tiveram respeito algum para o humanismo. Para a convivência. Para o sentido mesmo da existência. Na própria política, o que contou no pós-guerra foi o êxito econômico e, muito pouco, a justiça social e o cultivo da verdadeira imagem do homem. Fomos vítimas da ganância e da máquina. Das cifras. E, assim, perdemos o sentido autêntico da confiança, da fé, do amor. As máquinas andaram por cima da plantinha sempre tenra da esperança. E foi o caos.
Fonte: ARNS, Paulo Evaristo. Em favor do homem. Rio de Janeiro: Avenir, s/d. p.10.
Segundo o texto podemos afirmar:
O desenvolvimento industrial, ao concentrar-se em um objeto em vez do ser humano, transformou o homem em lobo para o homem.
A convivência humana é baseada na ganância, na máquina e nas cifras, resultando na perda do sentido autêntico da confiança, fé e amor.
A política do pós-guerra priorizou a justiça social e o cultivo da verdadeira imagem do homem, restaurando a esperança entre os homens.
O sentido da existência está intrinsecamente ligado ao êxito econômico e ao conforto proporcionado pela industrialização.