"O sapo e o escorpião", de Heloisa Prieto
Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.
— Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? — perguntou o
escorpião ao sapo.
— De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você
me mata em vez de me agradecer.
— Mas, se eu te picar com meu veneno — respondeu o escorpião com uma voz
terna e doce —, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo
sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
— Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! —
disse o sapo.
E o escorpião simplesmente respondeu:
— Por que esta é minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la.
(In: PRIETO, Heloisa. O livro dos medos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1998. p. 25)
Qual das frases poderia sintetizar a moral da história "O sapo e o escorpião"?
A.
A instrução é a luz do espírito.
B.
A ignorância é o pior de todos os males.
C.
Manda quem pode, obedece quem deve.
D.
O homem prevenido vale por dois.
E.
Não se pode lutar contra a natureza.