O solo amazônico
Parte do solo da Amazônia é pobre em nutrientes, o que dificulta o restabelecimento da vegetação e colabora para que os desmatamentos na região sejam tão graves. Como, então, há grandes árvores na Amazônia? Além da condição do clima úmido da região, há a presença de uma camada de matéria orgânica (formada por galhos, frutos, folhas e animais em decomposição) acima do solo, que protege contra o calor (mantendo a umidade) e fornece todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento de grandes espécies vegetais. Essa camada é chamada serapilheira.
Os solos mais férteis estão encontrados nas áreas de várzea, que portam nutrientes provenientes de outras localidades. Os solos mais pobres estão nas áreas de terra firme, enriquecendo os da região.
Quando a floresta é destruída, o regime de chuvas abundantes, distribuídos regularmente ao longo do ano, prejudica o solo, favorecendo a erosão e o assoreamento do leito dos rios. Além disso, uma vez retirada a serrapilheira, as áreas desmatadas podem se tornar, com o passar do tempo, impróprias para a agricultura, potencializando a degradação ambiental.
Apesar de sua aparente uniformidade, a Floresta Amazônica apresenta uma diversidade de associações vegetais que podem ser agrupadas em três padrões básicos, os quais variam conforme o regime de inundação dos rios. Veja o que cada um deles a seguir.
Matas de terra firme - Ocupam terras mais altas e, por isso, são isentas de qualquer inundação. Suas árvores atingem cerca de 60 a 65 metros de altura, cujas copas retêm cerca de 95% das raios solares, tornando o interior da floresta escuro e úmido.
Matas de várzea - Localizam-se em terrenos periodicamente alagados por ocasião das cheias que ocorrem na região. Suas árvores são de grande porte.
Matas de igapó - Ocorrem em terras constantemente alagadas, em terrenos baixos, às margens dos rios. Suas árvores atingem 20 metros de altura, com ramificação baixa e densa.