O texto a seguir, do historiador estadunidense Robert Darnton, é sobre a Enciclopedía criada pelos iluministas franceses. Leia-o com atençăo.
[...] é importante salientar um fato fundamental que se tornou evidente para as autoridades francesas tão logo o primeiro volume da primeira edição chegou às mãos dos assinantes: a obra era perigosa. Não se tratava meramente de uma coleção, em ordem alfabética, de informações a respeito de tudo; a obra registrava o conhecimento segundo os princípios filosóficos expostos por D'Alembert no Discurso Preliminar. Embora reconhecesse formalmente a autoridade da Igreja, D'Alembert deixava claro que o conhecimento provinha dos sentidos, e não de Roma ou da Revelação. o grande agente ordenador Gravura feita com base era a razão, que combinava as informações dos sentidos, trabalhando com as faculdades irmãs, memória e imaginação. Assim, tudo o que o homem conhecia derivava do mundo que o cercava e do funcionamento de sua própria mente. [...]
DARNTON, Robert. O iluminismo como negócio história da publicação da Enciclopédia (1775-1800). São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 17-18.
A Enciclopédia de Denis Diderot e Jean Baptiste Le Rond d'Alembert, 1751-1757.
a) Qual era o regime político adotado na França quando a Enciclopédia dos iluministas foi publicada, em 1751?
b) Como a Enciclopédia dos iluministas foi vista pelas autoridades e por quê?
c) O que tornou a Enciclopédia tão "herética", isto é, tão revolucionária?
d) Em dupla. O governo francês chegou a proibir a Enciclopédia e a retirá-la de circulação, o que só fez aumentar a popularidade dela. Pesquisem e encontrem um exemplo, na história do Brasil, de livro, revista ou jornal que, ao ser proibido pela censura, tenha ganhado popularidade.