Olá turma,
A História-problema, defendida pela Escola dos Annales, propõe uma abordagem do passado a partir de questões do presente. Essa metodologia traz desafios significativos. Quais seriam os seus limites?
A proposta deste fórum é debater as implicações da História-problema na análise de fontes históricas. Veja a fonte jornalística a seguir, do período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985):
Capa do Jornal do Brasil no AI5. Manchete anuncia o Ato Institucional 5 e o fechamento do Congresso. Destaque para o protesto indireto do jornal, que anuncia como previsão do tempo "ar irrespirável".
Agora pense:
Qual é o contexto histórico em que a fonte foi produzida? O que a fonte pode indicar sobre o Brasil naquele momento?
Como a abordagem da História-problema pode contribuir para analisar esta fonte? Quais problemáticas contemporâneas poderiam ser relacionadas a esta análise, evidenciando as continuidades e rupturas entre o período da ditadura e os desafios políticos contemporâneos?
Algumas questões para refletir:
Quais são as implicações éticas de admitir que o historiador reconstrói o passado a partir de problemáticas contemporâneas? Como essa abordagem afeta a credibilidade e a interpretação histórica? Como o conceito de "neutralidade" se transforma na História-problema? O reconhecimento da subjetividade do historiador prejudica ou enriquece a compreensão do passado? De que maneira a História-problema permite uma abordagem mais crítica das fontes históricas? Até que ponto é possível reconstruir o passado sem cair em anacronismos