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Estudos Gerais05/07/2025

onhb17 · fase 1 Termina em 3 dias 7 / Questão Esta questão...

onhb17 · fase 1 Termina em 3 dias
7 / Questão Esta questão possui quatro alternativas. Há mais de uma resposta correta, mas cabe a sua equipe escolher qual alternativa considera como a mais adequada e selecioná-la. Atenção: A prova pode ser salva em “rascunho”, mas não se esqueçam de confirmar as respostas até a data limite, clicando em “entregar a questão”. Após clicar em “entregar a questão” não será mais possível realizar alterações na questão.

Leia o texto e observe as imagens:

Documento 011

O Avestruz Texto acadêmico O ano de 1892 – o terceiro na República no Brasil – começou com uma péssima notícia para parte da população do Rio de Janeiro chegada em uma fuzarca: o Ministério do Interior do governo do presidente Floriano Peixoto resolveu adiar o carnaval. A festa que ocorreria em fevereiro foi transferida para junho, com o argumento de que a insalubridade da capital da República inviabilizaria os festejos carnavalescos. Segundo os defensores da medida, o calor do verão facilitaria a propagação de epidemias e a aglomeração gerada seria devastadora para a saúde pública. O Rio de Janeiro, não custa lembrar, tinha a fama de ser uma das cidades mais perigosas do mundo, a ponto de o corpo diplomático bater em retirada no verão para Petrópolis, tentando escapar de doenças como varíola, a febre amarela, a malária e a tuberculose. O Reino Unido pagava adicional de insalubridade aos representantes diplomáticos da Rainha Vitória que se aventuravam na capital da República. A Iniciativa do governo quanto ao adiamento do carnaval fracassou. Os foliões não se fizeram de rogados: brincaram em junho, no carnaval autorizado, mas tomaram as ruas também em fevereiro, saindo no cacete com a polícia, disposta a reprimir a festança. As fantasias de morte, caixão de defunto e mosquito transmissor da febre amarela fizeram sucesso. O governo, temendo que a moda de dois carnavais pegasse, voltou atrás na ideia da alteração da data. O carnaval do ano seguinte aconteceu em fevereiro mesmo, dentro dos conformes. Naquele momento, a ideia de que o Brasil republicano precisava apresentar-se ao mundo como uma nação com padrões civilizatórios europeus, impactava o Rio de Janeiro de maneira intensa: a capital da República teria que ser uma espécie de vitrine de um país comprometido com a ordem, o progresso, a moral, a ciência e a higiene; palavras largamente utilizadas no período. Ancorados na ideia exposta acima, os mandachuvas da República projetaram a reorganização do espaço urbano carioca buscando espelhar na cidade a inserção do Brasil no modelo capitalista internacional. Nesse sentido, era importante facilitar a circulação de mercadorias, apagar os resquícios da monarquia (a ordem anterior) e construir espaços simbólicos que afirmassem os valores de uma elite cosmopolita. Havia, porém, um obstáculo a ser removido para a concretização desse projeto de cidade: os pobres que perambulavam pelas ruas centrais e moravam em habitações coletivas, como os cortiços lotados de descendentes de escravizados, mestiços ciganos, judeus, árabes, imigrantes portugueses, italianos e galegos. Naquele contexto, a cidade passou por um notável crescimento de sua população. Se no censo de 1890, o Rio tinha cerca de 520 mil habitantes, esse número salta para cerca de 700 mil em 1904 – com a chegada de trabalhadores negros das áreas decadentes de lavoura do Vale do Praíba, do interior de Minas Gerias e da Bahia, de migrantes vindos de outras regiões do país e de imigrantes europeues escapando do desemprego e das guerras de unificação no continente. A legislação de terras do período – oriunda dos tempos do Império – inviabiliza o acesso à propriedade aos negros e imigrantes pobres. O crescimento populacional ocorre em uma cidade sem planejamento urbano, estrutura sanitária e rede formal de trabalho capaz de absorver o contingente de recém-chegados. Em meio a esse turbilhão, a elite republicana imaginava erguer uma Paris tropical dos sonhos higienistas. Para que esse paraíso cosmopolita fosse viável, era necessário para os donos do poder reprimir, controlar, vigiar, disciplinar, impor padrões e regras à população. Ao mesmo tempo em que o projeto de uma cidade europeia desenhava, as elites do Rio de Janeiro não podiam renunciar aos trabalhadores urbanos realizadores das tarefas cotidianas. Eram eles que mantinham a cidade funcionando para que essas mesmas elites delirassem com Paris. Sem os pobres e descendentes de escravizados, quem seriam os feirantes, peixeiros, soldados, trabalhadoras domésticas, coveiros, condutores de bondes, caçadores de ratos, desentupidores de bueiros, limpadores de cocô de cavalo, quebradores de pedras, vendedores ambulantes de todo os tipos de produto? Quem serviria o café da manhã das madames? Meses depois da citada tentativa de cancelamento do carnaval, o prefeito Barata Ribeiro baixou um decreto que dava à prefeitura o direito de usar todos os meios possíveis para varrer os cortiços da cidade. No mesmo dia em que o decreto foi assinado (26 de janeiro de 1893) começou a demolição do Cabeça de Porco, maior cortiço carioca, invadido por bombeiros, funcionários da Higiene Pública, policiais , sanitaristas e engenheiros. Os jornais da época comemoram a derrubada do cortiço, considerado um valhacouto de vícios, pulsões homicidas, desordens, desregramentos contrários aos princípios da civilização de coisas similares. Civilizar a capital da República – nessa perspectiva – exigiria ainda o apagamento ou o enquadramento disciplinar de referências culturais da herança africana, especialmente aquelas que criavam laços de solidariedade e reforçavam convívios comunitários: rodas de samba, festas religiosas, maltas de capoeiras,blocos de carnaval, batucadas, macumbas. Dois anos antes daquele 1892, foi sancionado o Código Penal que transformou a capoeiragem em crime de vadiagem, enquadrando seus praticantes como vadios sujeitos à detenção de dois a seis meses. Na cidade tensionada entre o sonho da Paris tropical e a vida pulsante nas esquinas e vielas, um parque de padrão europeu foi reinaugurado com pompa, circunstância e salamaleques (ocorreu uma inauguração anterior, em 1888): o Jardim Zoológico de Vila Isabel, nas bordas da serra do Engenho Novo. O parque era capitaneado por um figurão dos tempos da monarquia que tentava manter o prestígio nos primeiros anos da nova ordem republicana: João Batista Viana Drummond, mais conhecido pelos bajuladores de plantão como o “primeiro e único Barão de Drummond”. Além da bicharada, o zoológico tinha restaurante, hotel, espaço para a prática de esportes, boliche e o escambau. A festa apresentou diversas novidades; dentre elas a apresentação de um novo jogo, de fácil compreensão. A regra era simples: quem adquirisse um bilhete para entrar no parque, receberia um comprovante com a imagem de um animal. Eram vinte e cinco bichos disponíveis, começando com o avestruz e terminando com a vaca. Dos mais domésticos, como cachorro e o gato, aos mais selvagens, como leão, elefante, o tigre e o urso. No final da tarde, foi aberta a caixa de madeira pendurada em um poste perto da entrada principal, que continha a imagem de um bicho. Os sortudos que possuíam bilhetes com o animal revelado receberam um prêmio vinte cinco vezes maior que o valor da entrada. E qual foi o primeiro bicho cuja imagem aparece na abertura da caixa? Avestruz. Não sabemos se o presidente Floriano Peixoto, presente ao zoológico naquele dia, faturou algum dinheiro na brincadeira proposta pelo Barão. Era o dia 3 de julho de 1892, um domingo nublado no inverno carioca, e a história da cidade do Rio de Janeiro não seria mais a mesma.

Sobre este documento Título O Avestruz

Tipo de documento Texto acadêmico

Origem Simas, Luiz Antonio. “O Avestruz”. Maldito invento dum baronete: uma breve historia do jogo do bicho. Ilustração Pablo Meijueiro, Fernanda Varella. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Mórula, 2024, pp. 13-16.

Créditos Luiz Antonio Simas

Palavras-chave Brasil república história da cultura história política Continuar lendo Documento 012

Bilhete Jardim Zoológico - Ovelha Bilhete

Sobre este documento Título Bilhete Jardim Zoológico - Ovelha

Tipo de documento Bilhete

Origem Jardim Zoológico de Santa Isabel. Disponível em: “Série o Rio de Janeiro Desaparecido”, Brasiliana Fotográfica. Disponível em: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?tag=serie-o-rio-de-janeiro-desaparecido. Acesso em: 26 fev. de 2025.

Créditos Jardim Zoológico de Santa Isabel; Brasiliana Fotográfica.

Palavras-chave história política história da cultura Brasil república Continuar lendo Documento 013

Bilhete Jardim Zoológico - Leão Bilhete

Sobre este documento Título Bilhete Jardim Zoológico - Leão

Tipo de documento Bilhete

Origem Jardim Zoológico de Santa Isabel. Disponível em: BNL-Data. Disponível em:https://bnldata.com.br/jogo-do-bicho-completa-134-anos-de-criacao/. Acesso em: 26 fev. de 2025.

Créditos Jardim Zoológico de Santa Isabel; BNL-Data.

Palavras-chave Brasil república história da cultura história política Continuar lendo Documento 014

Bilhete Apostas Jogo do Bicho Bilhete

Sobre este documento Título Bilhete Apostas Jogo do Bicho

Tipo de documento Bilhete

Origem Bilhete Apostas Jogo do Bicho. Disponível em: BNL-Data. Disponível em:https://bnldata.com.br/sera-que-o-jogo-do-bicho-podera-burlar-a-legalizacao-dos-jogos-de-azar/. Acesso em: 26 fev. de 2025.

Créditos BNL-Data.

Palavras-chave história da cultura história política Brasil república Continuar lendo Sobre os documentos e o tema que eles tratam, escolha a alternativa mais pertinente.

Alternativas

(A) Ao longo do século XX, o jogo do bicho no Rio de Janeiro se organizou em torno de algumas famílias que atuavam de forma análoga àquelas da máfia, especialmente a italiana.

(B) Levar a população a frequentar parques, jardins botânicos e zoológicos como o de Vila Isabel fazia parte de ideais civilizatórios e modernizantes aos quais a recém instaurada república aspirava.

(C) A nova forma de loteria se espalhou e caiu no gosto popular convergindo com a busca por controle social e de casas e práticas de jogatinas que a administração pública buscava coibir.

(D) O Jogo do Bicho, que movimenta milhões de apostas pelo Brasil, passou a fazer parte do imaginário popular sob a impressão de ser acessível ou inofensivo, apesar da ilegalidade e da criminalidade que o cercam.

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