Os portugueses chegaram ao Congo em 1483 e logo procuraram fazer comércio com as lideranças africanas. Algumas dessas lideranças também se aproximaram dos portugueses com a mesma intenção. Esse foi o caso do manincongo Nzinga Mbemba, que trocou seu nome para Afonso I, converteu-se ao catolicismo e passou a se vestir à moda portuguesa.
No seu reinado (1507-1542), com o objetivo de modernizar o Reino do Congo, Afonso I enviou cartas ao rei português D. João III, pedindo a ele que lhe enviasse profissionais para ensinar os congoleses a construir grandes navios, professores para instruir os jovens na prática do cristianismo e missionários para expandir o catolicismo. Mas do Reino de Portugal só lhe chegaram missionários e mercadores de escravizados. Ao perceber que seu reino corria perigo, o manincongo escreveu outra carta ao rei de Portugal pedindo que proibisse o comércio de africanos escravizados. Mas não foi atendido: o tráfico continuou intenso.
Ao longo dos séculos seguintes, as relações entre os portugueses e os congues pioraram bastante. Os reis de Portugal viam o Reino do Congo apenas como uma área para expandir o catolicismo e comerciar. Em 1665, diante do interesse português nas ricas minas de ouro da região, os congues se revoltaram contra o domínio português, mas foram vencidos na batalha de Mbwila. Nela morreram o manincongo, muitos nobres e milhares de soldados congues. Depois disso, o Reino do Congo foi declinando.
Os principais motivos desse declínio foram: o despovoamento causado pelo tráfico de pessoas, o aumento das guerras internas para obter prisioneiros, a chegada dos portugueses e a consequente desorganização dos poderes locais.