Outros europeus
Ingleses, franceses e holandeses também cobiçavam as especiarias orientais. Para chegar a elas, navegaram em direção ao Oriente por diversos caminhos.
Em 1497, o navegador genovês Giovanni Caboto, navegando a serviço da Inglaterra, tentou em vão encontrar uma passagem para o Oriente pelo extremo norte. Nessa viagem, Caboto explorou alguns pontos da América do Norte.
Em 1534, foi a vez do navegador francês Jacques Cartier buscar uma passagem para o Oriente pelo extremo de norte. Ele explorou o rio São Lourenço e tomou posse, em nome do rei da França, de parte dos atuais Canadá e Estados Unidos. Tanto os ingleses quanto os franceses daquela época dedicaram-se à pirataria.
A Holanda lançou-se às navegações no final do século XVI. Mas em poucas décadas conquistou terras em diversos continentes: região do Cabo (África); Java, Ceilão e ilhas Molucas (Ásia); Nova Amsterdã (atual Nova York), Antilhas e nordeste do Brasil (América).
As Grandes Navegações provocaram mudanças importantes no cenário mundial, entre as quais cabe citar:
- o extraordinário crescimento do volume e do valor do comércio mundial;
- o oceano Atlântico passou a ser mais importante do que o mar Mediterrâneo como rota de comércio. Com isso, assistiu-se ao declínio das cidades italianas e à ascensão dos países banhados pelo Atlântico, como Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda;
- a construção de vastos impérios coloniais pelos europeus e a apropriação da riqueza dos povos africanos, asiáticos e ameríndios;
- a consciência, por parte de muitos europeus, da enorme diversidade de povos e culturas e da necessidade de conviver com essas diferenças.
À esquerda, vemos como um europeu representou os indígenas da América antes de conhecê-los, de Walter Raleigh. Escola Alemã, século XVI.
À direita, Adoração dos Reis Magos, de Vasco Fernandes, 1501-1506. Pintura feita após o estado dos portugueses no Brasil. Observe que um dos Reis Magos, no centro da tela, está caracterizando como indígena.