Para legitimar o imperialismo do século XIX, os europeus chamaram esse período de missão civilizadora. De acordo com as potências europeias, cabia aos colonizadores europeus repassar seus conhecimentos científicos, religiosos e culturais para que fossem incorporados ao modo de vida dos povos dominados, pois do ponto de vista europeu tais povos eram considerados selvagens ou "atrasados", e por isso era preciso civilizá-los.
Entre 1884 e 1885, uma série de encontros diplomáticos ocorreram no contexto da Conferência de Berlim, resultando no início do processo de divisão territorial da África entre as principais potências europeias.
Até 1914, ano que daria início à Primeira Guerra Mundial, praticamente todos os territórios africanos foram colonizados pelas potências europeias, dando origem à divisão do continente evidenciada no mapa desta página (após a guerra, as colônias alemãs foram passadas para o Reino Unido e a Bélgica).
O imperialismo na África resultou na formação de colônias cujos limites não coincidiam com as fronteiras culturais dos povos e reinos já estabelecidos no continente. Dessa forma, diferentes etnias foram agrupadas em um mesmo território colonial ou tiveram seus territórios culturais separados entre duas ou mais colônias.
Durante o imperialismo, parte do valor excedente proveniente da atividade industrial na Europa foi direcionada à África sob a forma de financiamentos para a construção de obras públicas, como escolas, hospitais, ferrovias, rodovias e portos. Essas obras de infraestrutura tinham como objetivo a ampliação do grau de exploração das atividades minerais, energéticas e agrícolas do continente.