Para resolver a integral de superfície apresentada, podemos usar o Teorema de Gauss (ou Teorema da Divergência), que relaciona a integral de superfície ao fluxo de um campo vetorial através de uma superfície fechada com a integral do divergente desse campo em uma região tridimensional. No entanto, a superfície S dada não é fechada, pois corresponde apenas à parte da esfera x2+y2+z2=a2 no primeiro octante.
Passo 1: Definir o problema
A integral a ser calculada é:
∬Sf⋅ndS,
onde f=yi−xj.
A superfície S é a parte da esfera x2+y2+z2=a2 no primeiro octante, e a normal está apontando para fora.
Passo 2: Verificar se o Teorema de Gauss pode ser aplicado
O Teorema de Gauss só pode ser aplicado em superfícies fechadas. Para isso, completamos a superfície S adicionando as partes do plano x=0, y=0, e z=0 que delimitam o primeiro octante da esfera.
Assim, a superfície fechada total é composta por:
- A parte da esfera S,
- O disco no plano z=0 (base da esfera no primeiro octante).
Vamos aplicar o Teorema de Gauss considerando a região fechada.
Passo 3: Calcular o divergente de f
O campo vetorial é f=yi−xj. O divergente é dado por:
∇⋅f=∂x∂(y)+∂y∂(−x)+∂z∂(0).
Calculando:
∇⋅f=0+0+0=0.
Como o divergente é zero, o fluxo total através da superfície fechada é zero:
∭V(∇⋅f)dV=0.
Passo 4: Dividir a superfície
A superfície fechada é composta por:
- S: a parte da esfera no primeiro octante,
- S1: o disco no plano z=0.
Pelo Teorema de Gauss:
∬Sf⋅ndS+∬S1f⋅ndS=0.
Logo:
∬Sf⋅ndS=−∬S1f⋅ndS.
Passo 5: Calcular o fluxo em S1 (disco no plano z=0)
No plano z=0, temos S1 como o quarto de círculo de raio a no plano xy. A normal unitária é n=−k (apontando para dentro da região fechada).
O campo vetorial no plano z=0 é f=yi−xj. Assim:
f⋅n=f⋅(−k)=0,
pois f não possui componente na direção k.
Portanto:
∬S1f⋅ndS=0.
Passo 6: Concluir o resultado
Como ∬S1f⋅ndS=0, concluímos que:
∬Sf⋅ndS=0.
Resposta final:
0.
Tem como resolver sem o teorema?