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Estudos Gerais21/05/2024

Processo inflamatório II e processo infeccioso A partir de ...

Processo inflamatório II e processo infeccioso

A partir de agora iremos compreender os tipos de inflamação, o sistema complemento e o processo infeccioso. Vamos lá! Classificação da Inflamação

Quando ocorre uma reação inicial a uma lesão, a extensão da lesão no local dependerá da intensidade, da natureza e da duração do estímulo que causou a lesão. Diante disso, se o estímulo lesivo for de curta duração ou rapidamente anulado do organismo através dos mecanismos de defesa, as alterações ocasionadas pela inflamação irão ser resolvidas rapidamente ou então uma quantidade de tecido cicatricial será deixada no local que foi lesado (JAMESON et al., 2019).

Porém, alguns estímulos nocivos possuem duração mais longa, fazendo com que a lesão no tecido continue após o período necessário para que ocorra o desenvolvimento completo dos estágios iniciais do processo inflamatório. Aqui, as alterações seguintes irão depender da natureza do agente que causou a lesão. Assim, com a natureza do estímulo, a inflamação pode ser considerada aguda ou crônica. Inflamação aguda

É primeira resposta a uma lesão celular ou tecidual. Nesse momento predomina-se aumento de permeabilidade vascular e migração dos leucócitos, em especial os neutrófilos. É caracterizada pelos sinais cardeais da inflamação, porém, se a reação for intensa, pode haver o envolvimento regional dos linfonodos e resposta sistêmica na forma de neutrofilia e febre, o que irá caracterizar a reação da fase aguda da inflamação.

O principal objetivo da inflamação aguda é eliminar o agente agressor, e nesse caso é comum que ocorra a destruição do tecido. Os fenômenos da inflamação aguda são transitórios, ocorrendo a regeneração ou cicatrização da área que foi lesada. A inflamação aguda é uma inflamação serosa, de grande permeabilidade vascular, fibrinosa, com aumento da permeabilidade vascular, purulenta, com acúmulo de exsudato purulento e pode ocorrer úlcera (Figura 20). Figura 20 - Úlcera na pele – infecção aguda.Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. Figura 20 - Úlcera na pele – infecção aguda. Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. ACESSE.png Para facilitar o entendimento sobre a inflamação aguda, assista ao vídeo a seguir. LINK Inflamação crônica

Ocorre em algumas semanas ou meses. Ela é caracterizada como uma inflamação ativa, com destruição tecidual e tentativa de reparação de dano, o que chamamos de cicatrização, que irá futuramente gerar a cicatriz (Figura 21). Figura 21 - Cicatriz.Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. Figura 21 - Cicatriz. Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. A inflamação crônica pode ocorrer a partir de uma reação aguda, mas também pode acontecer como uma reação pouco intensa e assintomática. Os macrófagos que estão ativos secretam vários mediadores da inflamação. Estes casos não controlados podem destruir o tecido e levar à fibrose. As causas dessa inflamação são caracterizadas por infecções persistentes, autoimunidade, exposição prolongada a agentes nocivos ou tóxicos.

A inflamação também pode ser granulomatosa. Esse tipo de inflamação possui um padrão distinto da reação de inflamação crônica, caracterizada pelo acúmulo local de macrófagos ativados que geralmente desenvolvem uma aparência epitelioide.

Quando ocorre um dano no tecido, a primeira defesa do organismo é a resposta inflamatória. Esse processo biológico envolve componentes vasculares, celulares e várias substâncias solúveis, cujo objetivo é a remoção do estímulo indutor da lesão e início da recuperação do tecido local. Durante o processo inflamatório, muitos sistemas bioquímicos, como a cascata do Sistema Complemento e a coagulação são ativados para ajudar no estabelecimento, evolução e resolução do processo. Figura 22 - Cascata do Sistema Complemento.Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. Figura 22 - Cascata do Sistema Complemento. Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. Veja na figura acima que o sistema complemento é composto por cerca de 25 proteínas que trabalham juntas para “complementar” a ação de anticorpos na destruição de bactérias. As proteínas do complemento circulam no sangue de forma inativa. Quando a primeira proteína da série de complemento é ativada - geralmente por anticorpo bloqueado em um antígeno - ela aciona um efeito dominó. Cada componente toma sua vez em uma cadeia precisa de etapas, conhecida como cascata de complemento.

O produto final é um cilindro inserido - e perfurando um buraco - na parede da célula. Com fluidos e moléculas entrando e saindo, a célula incha e explode.

Este sistema atua na destruição de substâncias estranhas ao corpo e na via da lectina, ativada por meio da ligação da lectina ligante a manose. A atuação do sistema pode ser direta ou em conjunto com outros componentes do sistema imune (BRASILEIRO FILHO, 2015). Via clássica de ativação do Sistema Complemento

Essa foi a primeira via a ser descrita. Os componentes da via clássica são designados com o símbolo “C” seguidos do número correspondente. Compõem parte dela os componentes C1, C2, C3 e C4. A via clássica é ativada principalmente por complexos antígeno-anticorpo e imunoglobulinas agregadas e a ativação da via se inicia com a ativação de C1. As imunoglobulinas pertencem às classes IgM e subclasses IgG1, IgG2 e IgG3.

Componente C1 – É um complexo molecular multimérico. Há uma subunidade denominada C1q que é associada a duas moléculas C1r e duas moléculas C1s através de ligações dependentes de cálcio. A subunidade C1q se liga a uma molécula de imunoglobulina e C1r e C1s são esterases requeridas para a progressão da ativação da cascata. O componente C4 é a segunda proteína sérica ativada. É uma betaglobulina composta por três cadeias polipeptídicas.

Componente C2 – O C2 consiste em uma cadeia polipeptídica, sendo que a clivagem desta molécula forma C2a e C2b.

Componente C3 – A proteína C3 é o componente central do SC. É uma proteína crítica para todas as funções efetoras do sistema. As formas biologicamente ativas de C3 são seus produtos de clivagem proteolítica. Nas fases iniciais da via clássica, moléculas de anticorpo ligam-se e ativam proteoliticamente e sequencialmente o C1, C4 e C2, formando o complexo C4b2a. Esse complexo funciona como convertase de C3 da via clássica. Via alternativa de ativação do Sistema Complemento

Para a ativação da via alternativa, a presença de determinados fungos e bactérias, alguns tipos de vírus e helmintos e, principalmente, a ausência de ácido siálico na membrana são suficientes.

O C3 também é ativado nessa via. A proteína é ativada continuamente em pouca intensidade na fase fluida. Isso ocorre por proteases séricas, moléculas nucleofílicas ou água, que atacam a ligação tioéster.

As deficiências dos primeiros componentes da via clássica estão associadas a doenças por imunocomplexos ou autoimunes, como a glomerulonefrites e lúpus eritematoso sistêmico. Figura 23 – Lúpus Eritematoso Sistêmico – Manifestações Clínicas.Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. Figura 23 – Lúpus Eritematoso Sistêmico – Manifestações Clínicas. Fonte: Editorial Telesapiens, 2020. As deficiências desses primeiros componentes não estão associadas a uma susceptibilidade aumentada para infecções. Isso sugere que a via alternativa seja suficiente para a eliminação de agentes patogênicos. A deficiência genética mais comum é a de C2, mesmo tendo sido descritas deficiências de todos os componentes.

A deficiência de C3 é a que acarreta o maior comprometimento do sistema complemento, sendo associada a infecções bacterianas. IMPORTANTE_1.png A resposta inflamatória normalmente beneficia o organismo, pois o objetivo é a eliminação de microrganismos por meio da quebra do sistema complemento, mecanismos de fagocitose, neutralização ou diluição de substâncias tóxicas ou irritantes e limitação da lesão pela deposição de fibrina. alerta.png ACESSE.png Para facilitar o entendimento sobre a inflamação crônica, assista a um vídeo sobre o assunto clicando no link a seguir. LINK Processo Infeccioso

Caro(a) estudante, antes de falarmos sobre o processo infeccioso, lembre-se que a inflamação nada mais é do que uma resposta do organismo a uma agressão tecidual. Nesse processo inflamatório ocorrerá vasodilatação, aumento de fluxo sanguíneo e de outros fluidos corporais até o local lesionado.

Já as infecções são causadas por agentes externos. O corpo responde a invasão de microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Nesse caso, os microrganismos são combatidos pelas células de defesa, que geralmente dão início ao surgimento de pus.

Quer dizer então que inflamação e infecção são a mesma coisa? Não. A infecção é um quadro posterior ao quadro de inflamação.

Veja alguns sinais e sintomas da infecção: bullet febre; bullet dor no local infectado; bullet pus; bullet dores musculares; bullet diarreias; bullet fadiga; bullet tosse. Em outras palavras, infecção é a penetração e o desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no organismo humano. Quando a infecção gera sinais e sintomas (como citados acima), temos um caso de doença infecciosa. No entanto, nem sempre os agentes causadores de infecções causam doenças infecciosas.

Os agentes infecciosos podem penetrar no organismo humano por diferentes vias. Por exemplo, alguns agentes são capazes de invadir nosso corpo pela pele, outros pelas mucosas e também pela via respiratória (RUBIN et al., 2006).

Os agentes infecciosos nem sempre são capazes de desencadear em nosso organismo uma doença infecciosa. O corpo humano possui diversas formas de defesas que protegem contra infecção. Entre as defesas que nosso organismo possui, podemos citar as seguintes. bullet A pele, que funciona como uma barreira mecânica contra organismos patogênicos. É a primeira linha de defesa. bullet Os leucócitos, que, como você já estudou, são células que atuam no combate a infecções. bullet Os anticorpos, que são proteínas de defesa que se ligam a um antígeno específico. Nem sempre o organismo é capaz de deter um agente infeccioso. Nesse caso, observa-se alterações no organismo e o surgimento de algumas manifestações clínicas, o que indica que o hospedeiro está com uma doença infecciosa.

E quais são as doenças infecciosas? Veja alguns exemplos: catapora, cólera, dengue, febre amarela, gripe, hepatite, malária, rubéola, sarampo, sífilis, tétano, toxoplasmose, tuberculose, dentre outras. Tratamento

Nas infecções causadas por bactérias, o tratamento é feito através de antibióticos. É necessário saber que tipo de bactéria está agindo no organismo para saber qual droga será mais eficiente.

Nas infecções causadas por vírus o tratamento é feito através de medicamentos antivirais, assim como nas infecções causadas por fungos, em que o tratamento é feito utilizando antifúngicos. Por fim, nas infecções causadas por parasitas o tratamento é feito através de antiparasitários.

Então, querido(a) estudante, vamos recapitular: a inflamação pode ser aguda ou crônica, e isso irá depender de diversos mecanismos. Caso seja crônica, o sistema de complemento será ativado para tentar combater a inflamação.

Inflamação e infecção não são sinônimas. Enquanto a inflamação é a reação do organismo aos danos causados por agentes químicos, físicos ou biológicos, infecção é a penetração, multiplicação e/ou desenvolvimento de um agente infeccioso no organismo humano.

A infecção, quando intensa e não tratada, pode gerar doenças infecciosas como a gripe, a dengue e a hepatite. O tratamento irá depender do agente agressor que causou a infecção. É importante lembrar que uma inflamação pode se desenvolver para uma infecção.

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