Publicado no primeiro número da Revista Antropofagia, datado de 1º de maio de 1928, começa dizendo: “Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente”. E termina: “Em Piratininga, Ano 374 da Deglutição do Bispo Sardinha”. [...]
O Manifesto Antropofágico propunha basicamente ‘devorar’ a cultura e as técnicas importadas e provocar sua reelaboração com autonomia, transformando o produto importado em exportável. Buscava a importação de novidades europeias, com objetivo de movimentar o pensamento, depois, antropofagicamente, isto é, criticamente, devorar estas novidades e influências à medida que os modernistas redescobrem a realidade brasileira.
O nome do manifesto recuperava a crença indígena: os índios antropófagos comiam o inimigo, supondo que assim estavam assimilando suas qualidades.
A ideia do manifesto surgiu quando Tarsila do Amaral para presentear o então marido, Oswald de Andrade, deu-lhe como presente de aniversário a tela “Abaporu” (aba = homem; poru = que come).
Disponível em: https://www.historiadasartes.com/nobrasil/arte-no-seculo-20/modernismo/manifesto-antropofagico/. Acesso em: 08 ago. 2024. (Fragmento)
Indique as duas alternativas que apresentam os objetivos do “Manifesto Antropofágico”, de acordo com o texto.
Importar as novidades da cultura europeia para consolidar a produção artística oswaldiana.
Valorizar a presença da cultura nacional e promover uma renovação na arte brasileira.
Defender a migração de europeus para o Brasil e a disseminação da obra de Tarsila do Amaral.
Analisar os elementos característicos da cultura indígena, em especial dos indígenas antropófagos.
Reelaborar elementos vindos da cultura europeia agregando aspectos da cultura nacional.