Quais criterios são adotados nas duas proposta de regionalização citados

Question

Accepted Answer

As duas propostas de regionalização do Brasil mais conhecidas e frequentemente citadas são a Regionalização do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e a Regionalização Geoeconômica, proposta por Pedro Pinchas Geiger. Cada uma adota critérios distintos para dividir o território brasileiro em regiões.

### Regionalização do IBGE

A regionalização feita pelo IBGE divide o Brasil em cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Os critérios adotados para essa divisão são principalmente baseados em aspectos físicos, históricos e socioeconômicos, buscando agrupar estados com características semelhantes. Os principais critérios incluem:

1. **Aspectos físicos**: características geográficas como clima, vegetação e relevo.
2. **História**: a formação histórica e o desenvolvimento socioeconômico das áreas.
3. **Aspectos socioeconômicos**: semelhanças no desenvolvimento econômico, composição da população, costumes e outras características sociais.

Essa regionalização tem um caráter oficial e é amplamente utilizada para fins estatísticos, políticos e administrativos.

### Regionalização Geoeconômica (Proposta por Pedro Pinchas Geiger)

A regionalização geoeconômica, também conhecida como regionalização funcional, foi proposta na década de 1960 por Pedro Pinchas Geiger. Essa abordagem divide o Brasil em três grandes complexos regionais: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. Os critérios para essa divisão são baseados principalmente em aspectos econômicos e de organização do espaço, tais como:

1. **Estrutura produtiva**: considera as principais atividades econômicas de cada região, como agricultura, indústria e serviços.
2. **Infraestrutura e logística**: avalia a presença de rodovias, ferrovias, portos e outros elementos que influenciam a integração e o desenvolvimento regional.
3. **Processos históricos de ocupação e exploração dos recursos naturais**: leva em conta como o uso dos recursos naturais e a ocupação territorial impactaram o desenvolvimento econômico das regiões.

Esta abordagem busca entender o Brasil a partir de suas dinâmicas econômicas internas e da forma como diferentes áreas estão integradas ou segregadas dentro do contexto nacional e global.

Ambas as propostas oferecem perspectivas complementares sobre a organização espacial do Brasil, refletindo diferentes dimensões da realidade brasileira, seja por meio de critérios mais físicos e históricos, seja por uma análise mais focada em aspectos econômicos e funcionais.