QUESTÃO 19 "São tantas formas de matar um preto Que para alg...

QUESTÃO 19 "São tantas formas de matar um preto Que para alguns sua morte é justificada Devia tá fazendo coisa errada Se não era bandido, um dia será Por ser PRETO sua morte é defendida O PRETO sempre merece morrer." A estrofe acima é do poeta e educador social Baticum Proletário, que atua na periferia de Fortaleza, no Ceará, preparando jovens — em quase sua totalidade negros — para enfrentars as dificuldades impostas pelo racismo estrutural no país. É a partir da arte que Baticum consegue envolver a juventude em um projeto de fortalecimento desta população ao promover batalhas de rimas, slams e sarau com temáticas que discutem os problemas sociais. No entanto, a temática mais explorada nas rimas, versos e prosas é a violência. De acordo com o mais recente Atlas da violência, em 2019, os negros representaram 77% das vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos por 100 mil habitantes, a maioria deles jovens. O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7 vezes mais chance de ser morto do que um branco, o que justifica o movimento de resistência criado no Brasil. O uso de citação e de dados estatísticos nesse texto tem o objetivo de A) ressaltar a importância da poesia para denunciar a morte de negros, que cresce a cada dia. B) destacar o crescimento exponencial da temática ao preconheto na produção literária no Brasil. C) demonstrar o incremento no quantitativo de expressões artísticas na discussão de problemas sociais. D) evidenciar argumentos que reforçam a ideia de que os jovens são vítimas em potencial da violência. E) salientar o aumento da participação de jovens nos movimentos de resistência na área da cultura.

QUESTÃO 20 No princípio era o verbo. A frase que abre o primeiro capítulo do Evangelho de João remete à criação do mundo, assim como também faz o Gênesis, a mais famosa da Bíblia. A ideia de que o mundo é criado pela palavra, porém, é toda estrutura que está presente em outros relatos fundados, para muito além da religião cristianismo. Como humanos, a linguagem é um dom que habitamos. Basta lembrar que vivemos num mundo onde podemos usar palavras para dizer o que pensamos, o que sentimos e o que somos. O verbo é a ação que dá vida ao nosso eu, ao nosso eu que não é definido nem por outrem.

QUESTÃO 21 Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará desenvolveu um dicionário para traduzir sintomas de doenças da linguagem popular para os termos médicos. Defruço, canha e piloura, por exemplo, podem ser termos conhecidos para muitos, mas durante uma consulta médica, o profissional pode significar um diagnóstico errado. "Isso é um registro histórico e pode ser muito útil para estudos dessas comunidades, na abordagem médica delas. É de forma importante, sem dúvida, um instrumento de trabalho importante, porque a comunicação é fundamental na relação médico-paciente", avalia o reitor da instituição. Ao registrarem usos regionais de termos da área médica, A) apontaram erros motivados pelo desconhecimento da variedade linguística local. B) identificaram problemas provocados pela inadequação de comunicação. C) descobriram novos sintomas de doenças existentes. D) priorizaram melhorar compreender os sintomas. E) divulgaram um novo rol de doenças características da localidade.