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Rodrigo

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Estudos Gerais12/03/2024

QUESTÃO 25 Passado muito tempo, resolvi tentar falar, porqu...

QUESTÃO 25

Passado muito tempo, resolvi tentar falar, porque estava sozinha me embrenhando na mesma vereda que Donanna costumava entrar. Ainda recordo da palavra que escolhi: arado. Me deleitava vendo meu pai conduzindo o arado velho da fazenda carregado pelo boi, rasgando a terra para depois lançar grãos de arroz em torrrões marrons e vermelhos revolvidos. Gostava do som redondo, fácil e ruidoso que tinha ao ser enunciado. "Vou trabalhar no arado." "Vou arar a terra." "Seria bom ter um arado novo, esse arado tá troncho e velho." O som que deixou minha boca era uma aberração, uma desordem, como se no lugar do pedaço perdido da língua tivesse um ovo quente. Era um arado torto, deformado, que penetrava a terra de tal forma a deixá-la infértil, destruída, dilacerada.

VIEIRA JR. , Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.

Com a perda de parte da língua na infância, a narradora tenta voltar a falar. Essa tentativa revela uma experiência que

A reflete o olhar do pai sobre as etapas do plantio.

B metaforiza a linguagem como ferramenta de lavoura.

C explica, na busca pela palavra, o medo da solidão.

D confirma a frustração da narradora com relação à terra.

E sugere, na ausência da linguagem, a estagnação do tempo.

QUESTÃO 25

Passado muito tempo, resolvi tentar falar, porque estava sozinha me embrenhando na mesma vereda que Donanna costumava entrar. Ainda recordo da palavra que escolhi: arado. Me deleitava vendo meu pai conduzindo o arado velho da fazenda carregado pelo boi, rasgando a terra para depois lançar grãos de arroz em torrrões marrons e vermelhos revolvidos. Gostava do som redondo, fácil e ruidoso que tinha ao ser enunciado. "Vou trabalhar no arado." "Vou arar a terra." "Seria bom ter um arado novo, esse arado tá troncho e velho." O som que deixou minha boca era uma aberração, uma desordem, como se no lugar do pedaço perdido da língua tivesse um ovo quente. Era um arado torto, deformado, que penetrava a terra de tal forma a deixá-la infértil, destruída, dilacerada.

VIEIRA JR. , Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.

Com a perda de parte da língua na infância, a narradora tenta voltar a falar. Essa tentativa revela uma experiência que

A reflete o olhar do pai sobre as etapas do plantio.

B metaforiza a linguagem como ferramenta de lavoura.

C explica, na busca pela palavra, o medo da solidão.

D confirma a frustração da narradora com relação à terra.

E sugere, na ausência da linguagem, a estagnação do tempo.
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