QUESTÃO 33
A obra de Darwin, A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida publicada em inglês em novembro de 1859, parecia fornecer caução científica aos partidários da supremacia da raça branca [...]. Os pós-darwinistas ficaram, portanto, encantados: iam justificar a conquista do que eles chamavam de “raças sujeitas”, ou “raças não evoluídas”, pela “raça superior”, invocando o processo inelutável da “seleção natural”, em que o forte domina o fraco na luta pela existência. Pregando que “a força prima sobre o direito”, eles achavam que a partilha da África punha em relevo esse processo natural e inevitável.
Ao expor seu ponto de vista sobre a conquista do continente africano durante o século XIX, o autor do fragmento acima defende a concepção de que:
A. a obra de Charles Darwin, ao pregar a superioridade da raça branca sobre as demais, foi utilizada como justificativa ideológica para a dominação da África pelos países europeus.
B. uma das justificativas utilizadas para a conquista da África, o conceito de superioridade da raça branca sobre as demais, apoiava-se na submissão como algo natural e inevitável.
C. a razão fundamental para a conquista da África pelas grandes potências foi a superioridade militar dos europeus, não tendo a presença europeia no continente uma motivação ideológica.
D. o conceito de que a força supera o direito, presente na obra de Charles Darwin, foi utilizado, no século XIX, para justificar a dominação dos europeus sobre o continente africano.
E. a dominação europeia, durante o século XIX, ao prevalecer a raça branca é superior às demais, foi amplamente motivada pela superioridade sobre o continente africano.