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Estudos Gerais02/21/2025

Questão N°5 TEXTO 2 O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA ...

Questão N°5 TEXTO 2 O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA

Tenho um livro sobre águas e meninos. Gostei mais de um menino que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira Era o mesmo que roubar um vento e sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo que catar espinhos na água. O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos. Quis montar os alicerces de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio, do que do cheio. Falava que vazios são maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino que era cismado e esquisito, porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que escrever seria o mesmo que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu que era capaz de ser noiva, monge ou mendigo ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras. Viu que podia fazer peraltagens com as palavras. E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela. O menino fazia prodígios. Até fez uma pedra dar flor.

A mãe reparou o menino com ternura. A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta! Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os vazios com as suas peraltagens, e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!

Fonte: BARROS, Manoel de.. Poésia Completa. São Paulo: Leya, 2011. (Texto adaptado)

Assinale a opção em que o autor utiliza o registro coloquial, que foge aos padrões estabelecidos pelas regras gramaticais vigentes. A "[...] e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!" (12ª estrofe) B "O mesmo que criar peixes no bolso." (3ª estrofe) C "[...] sair correndo com ele para mostrar aos irmãos." (2ª estrofe) D "[...] gostava mais do vazio, do que do cheio." (5ª estrofe) E "Até fez uma pedra dar flor." (10ª estrofe)

Questão N°5
TEXTO 2
O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA

Tenho um livro sobre águas e meninos.
Gostei mais de um menino
que carregava água na peneira.

A mãe disse que carregar água na peneira
Era o mesmo que roubar um vento e
sair correndo com ele para mostrar aos irmãos.

A mãe disse que era o mesmo
que catar espinhos na água.
O mesmo que criar peixes no bolso.

O menino era ligado em despropósitos.
Quis montar os alicerces
de uma casa sobre orvalhos.

A mãe reparou que o menino
gostava mais do vazio, do que do cheio.
Falava que vazios são maiores e até infinitos.

Com o tempo aquele menino
que era cismado e esquisito,
porque gostava de carregar água na peneira.

Com o tempo descobriu que
escrever seria o mesmo
que carregar água na peneira.

No escrever o menino viu
que era capaz de ser noiva,
monge ou mendigo ao mesmo tempo.

O menino aprendeu a usar as palavras.
Viu que podia fazer peraltagens com as palavras.
E começou a fazer peraltagens.

Foi capaz de modificar a tarde botando uma chuva nela.
O menino fazia prodígios.
Até fez uma pedra dar flor.

A mãe reparou o menino com ternura.
A mãe falou: Meu filho você vai ser poeta!
Você vai carregar água na peneira a vida toda.

Você vai encher os vazios
com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!

Fonte: BARROS, Manoel de.. Poésia Completa. São Paulo: Leya, 2011. (Texto adaptado)

Assinale a opção em que o autor utiliza o registro coloquial, que foge aos padrões estabelecidos pelas regras gramaticais vigentes.
A "[...] e algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos!" (12ª estrofe)
B "O mesmo que criar peixes no bolso." (3ª estrofe)
C "[...] sair correndo com ele para mostrar aos irmãos." (2ª estrofe)
D "[...] gostava mais do vazio, do que do cheio." (5ª estrofe)
E "Até fez uma pedra dar flor." (10ª estrofe)
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