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Ana
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS A atividade foi des...
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
A atividade foi desenvolvida em várias etapas. Primeiramente houve uma reunião do grupo pré-estabelecido formado por 6 componentes nas dependências da universidade para sabermos como seria organizada a atividade a qual definimos o tema, qual a escola seria escolhida, e após 3 horas de discussão o grupo desenvolveu o projeto que foi apresentado para a coordenadora do projeto de extensão que recebeu as nossas idéias, pontuando, fazendo algumas observações e instruindo corretamente passo a passo do projeto. Após as definições, o grupo foi até a escola Paulo Graça, escola escolhida, para apresentar o projeto aprovado pela coordenação do projeto de extensão, que ouviram atentamente a ideia do projeto que foi explanada de forma minuciosa, onde, informamos que, havendo algum alguma objeção ao qualquer uma das ideias apresentadas, que estas poderiam ser questionadas, substituídas ou até mesmo aprofundadas para que juntamente com a nossa coordenação, o grupo desenvolvedor do projeto e a unidade escolar viabilizassem o melhor projeto possível para alcançar as metas objetivadas.
O próximo passo foi iniciar as atividades do projeto que no quesito atividade, foi dividida em 3 partes, sendo a primeira etapa da atividade em sala de aula com os discentes levando bonecos gigantes impressos em PVC das emoções: alegria, raiva, tristeza e vergonha. Bonecos ex que estiveram presentes nos três dias de atividades na escola.
O grupo chegou de forma ordenada na unidade escolar, dirigiu-se até a diretoria para informar a presença do grupo e assim, para iniciarmos as atividades, fomos levados até a sala de aula pelo porteiro da escola, onde encontramos com o professor da sala de aula responsável e este nos deixou livres para iniciarmos a atividade. Como percebemos que estava tendo uma festa de aniversário, esperamos finalizarem esta atividade para a partir deste ponto darmos início.
Previamente decidimos que neste primeiro dia de atividade, por se tratar de crianças de 9 a 11 anos, teríamos 2 líderes, que iriam coordenar o grupo para que as crianças soubessem a quem direcionar melhor a sua atenção. A aluna Ivonete Pimentel ficou responsável juntamente com a aluna Maísa . Para iniciar a aluna Ivonete Pimentel entrou sozinha na sala de aula onde informou que juntamente com um grupo de discentes da universidade Nilton Lins, alunos este do curso de psicologia, iriam dar início a uma atividade escolar na qual aquela turma havia sido escolhida para participar. Foram chamados todos os discentes restantes sendo devidamente apresentados um a um, e a partir daí iniciamos a atividade explicando para os alunos quem nós éramos, alunos da faculdade de psicologia, que nós estávamos ali como acadêmicos ainda do primeiro ano do curso, realizando uma atividade que envolveria a explanação do que seriam as emoções com as quais trabalharíamos nesta atividade, a raiva a alegria, a tristeza e a vergonha. Explicamos também o que faz um psicólogo, como deve agir um psicólogo e como nós agiríamos no primeiro dia no segundo e no terceiro dia de atividade. Após explicar toda a atividade como funcionaria, iniciamos a atividade proposta para o primeiro dia que consistia em primeiramente explicar por que sentíamos todas essas emoções a importância de sentirmos e identificarmos todas as emoções bem como, poderíamos lidar com essas emoções. Nós apresentamos os bonecos representativos das emoções para os alunos, explicando algumas características dos personagens, como as cores, vestimentas e outros elementos que representavam as emoções ali descritas em cada personagem.
Para o primeiro dia de atividade levamos cartões, onde cada cartinha tinha uma pergunta simples como: “o que você sente quando o colega puxa seu cabelo?”, “o que você sente quando não tem aula?” ou “o que você sente quando o professor passa a tarefa de casa?” e assim por diante, para que os alunos sorteassem uma carta e após isso, faríamos a pergunta e o aluno respondia e a partir desta resposta, discutíamos com a sala o verdadeiro significado das emoções. Observamos em um primeiro momento, que a emoção predominante entre os alunos era a raiva, portanto, logo de início, ao percebermos esta predominância dessa emoção generalizada na turma, concentramos em desenvolver esta emoção, por ser mais pertinente. No primeiro dia percebemos uma turma retraída, porém bem agitada, uma turma pouco ouvinte, por medo do professor que a todo instante gritava com a turma, porém, oferecemos a turma um sistema de troca (compensação), onde, durante as atividades, iríamos trabalhar, a turma contribuiria comportando-se de forma organizada onde caso quisessem fazer perguntas ou colocações, levantaria primeiro a mão, em troca da organização, ao terceiro dia, iríamos presentear à turma com um certificado de formados nas emoções bem como uma manhã com lanches e muita conversa. Aceitaram super bem e desde então ficou mais fácil lidar com a turma.
Percebemos que deste momento em diante a turma passou a ser, mas acolhedora com a equipe, organizada obediente e muito participativa. Finalizamos o primeiro dia de atividade um tanto quanto assustados por conta do comportamento agressivo e autoritário do professor desta sala de aula, sua agressividade, a ausência da coordenadora ou de qualquer um supervisor escolar para a atividade, observamos também que não houve em nenhum momento, a confirmação de quem nós éramos, de que faculdade éramos, apenas tivemos a autorização para exercer a atividade sem nenhum acompanhamento feito pela escola Paulo Graça.
Após o primeiro dia de atividade, o grupo reuniu-se para dar todas as suas impressões, fazer as observações e sabermos se continuaríamos fielmente ao projeto apresentado após o que observamos em loco. chegamos à conclusão de que seria possível manter o projeto e alcançar o objetivo almejado que era desenvolver junto com as crianças o conhecimento, a identificação e o relacionamento interpessoal com as emoções apresentadas. Como sentimos um pouco de insegurança por conta do comportamento inadequado do professor, buscamos na coordenação do curso do projeto de extensão, orientações a respeito de como lidar ou se deveríamos mudar a rota do projeto. Após ouvir as diretrizes da nossa coordenadora, em uma nova reunião, decidimos por manter o projeto fazendo apenas pequenas alterações com relação a postura no sentido de não nos envolvermos emocionalmente com a agressividade do professor, que não era direcionada a nós e sim para a turma, pois entendemos que seria um assunto no qual não conseguiríamos nos aprofundar de forma a resolver, sendo assim, mantivemos o foco apenas em manter na íntegra o projeto conforme elaborado inicialmente. Acreditando também que, possivelmente, através de uma postura saudável, poderíamos atingir de forma positiva o professor, mesmo esse não sendo o principal objetivo naquele momento.
Durante a semana, solicitamos da escola se poderíamos deixar os bonecos gigantes em sala de aula juntamente com uma caixinha com papéis e canetas soltos, onde ao final de cada dia, durante aquela semana escolar, todos os alunos ficariam responsáveis por escrever a emoção predominante naquela manhã de estudo e colocar na caixinha para fazermos uma coleta de dados emocionais durante aquela semana escolar. Nossa intenção era colher dados para identificarmos a diferença de qual emoção sentir em um dia normal de estudo sem uma equipe voltada para o acolhimento daquelas crianças, e um dia de atividade diferenciada voltada para o acolhimento emocional.
No segundo dia de atividade, percebemos a euforia dos alunos em nos receber, percebemos que os alunos gravaram os nomes da equipe, já estavam alunos mais ouvintes e acolhedores para as atividades. Neste segundo dia, organizamos as cadeiras em formato de círculo para darmos início a uma roda de conversa que era o que já estava planejado em nosso projeto no qual visamos discutir com os alunos como eles entenderam o significado de cada emoção explicada, se estavam conseguindo identificar todas essas emoções, quais os momentos em que sentiam as emoções e como estavam fazendo para lidar para controlar principalmente da raiva, que foi a emoção predominante durante o primeiro dia de atividade. percebemos que na turma haviam 2 alunos muito especiais, um aluno que de acordo com o professor comportava se de uma forma repetitiva nas perguntas em sala de aula, diferenciada no quesito de não conseguir acompanhar na questão da atenção e no aprendizado, fomos informados que é um aluno “autista” sem diagnóstico, segundo as palavras do professor. Um outro aluno também chamou bastante nossa atenção por se diferenciar de um modo geral da turma com relação as habilidades da fala, uma pronúncia muito correta das palavras e um vocabulário muito rico, usando palavras que normalmente crianças da idade de 9 a 11 anos não utilizam como por exemplo, “introspectiva”, “realização escolar”, “futuro majestoso” entre outras palavras.
Percebemos, ao conversar com os alunos, que todos estavam muito felizes querendo dividir com nosso grupo como haviam conseguido controlar a raiva e como cada um estava desenvolvendo seu próprio método. Refizemos algumas das perguntas que havíamos feito no primeiro dia. Neste segundo dia, quem liderou a equipe foram os alunos Liliane e Nilson que gentilmente reforçaram para a turma a importância de saber lidar com as emoções explicando que todas as emoções eram importantes mesmo sendo a emoção da raiva. Houve um fato no qual um dos alunos começou a falar sobre o fato de sentir raiva quando não podia ficar na casa da avó, percebemos uma das alunas desenvolvendo uma crise de ansiedade na qual as pernas balançavam muito, ela colocava as 2 mãozinhas fechadas dentro da boca fazendo movimentos de “socos”, os olhos reviravam lentamente. Ao percebermos, informamos ao professor que nos respondeu dizendo que era comum que ela sempre tinha crises de ansiedade e que quando ela tinha crises, ele encostava a cabeça dele na dela fazendo um som como se estivesse pedindo silêncio. Neste momento, as alunas Ivonete e Beatriz, acompanharam a aluna até o lado de fora da sala, sentaram-se no chão a aluna e segurando nas mãos da menor que pediu nossa ajuda, começamos a conversar, e durante a conversa foi perguntado que tipo de sorvete ela gostava, o que ela gostava de fazer, qual tipo de esporte praticava, se gostava de desenhar, qual a brincadeira favorita e percebemos que a aluna começou a dar as respostas de forma inicialmente aleatória e nervosa porém durante o período de conversa demonstrou ficar mais tranquila após uma média de 20 minutos, demonstrou estar mais tranquila e nos contou que durante nossa atividade em sala de aula, ela lembrou-se do primo com quem morava na mesma residência, porém que este primo precisou morar no interior e que ela sentia muita saudade do primo e que sempre que lembrava dele, tinha crises de ansiedade. perguntamos se ela queria ir embora, e ela nos respondeu que não, que estava disposta a voltar para a sala de aula para continuar a atividade, pois ela não queria ir embora e queria estar ali com a equipe para participar da atividade.
Ao final do segundo dia da execução do projeto, percebemos que os bonecos que haviam ficado na responsabilidade da escola de colocá-los em sala durante os 4 dias que não estaríamos ali presente, foram colocados apenas em 2 dias, porém consideramos que ainda assim seria possível manter esta atividade para coleta de dados na semana seguinte mesmo não tendo sido colocado todos os dias conforme a escola responsabilizou-se (na verdade, inicialmente dissemos que nós iríamos todos os dias colocar e retirar os bonecos, bem como as caixinhas que recolheria as emoções diárias porém, a própria instituição disse que não precisava pois eles mesmos providenciariam o recolhimento das emoções). Ficamos bem satisfeitos com o segundo dia de atividade, percebemos uma turma mais tranquila, percebemos uma turma mais ouvinte, percebemos uma turma mais calma e ficamos bem impressionados com a receptividade da turma de um modo geral.
Entre uma atividade e outra, aguardávamos uma semana, pois entendíamos que os alunos precisavam de tempo para absorver e colocar em prática aquilo que estávamos desenvolvendo em sala de aula, como percebemos que entre o dia 01 e o dia 02, houve uma absorção muito grande por parte dos alunos, mantivemos a escala de 7 dias até o próximo encontro com a turma.
No terceiro dia de atividade e último, ao chegarmos na sala de aula, percebemos uma euforia ainda maior que a feita no segundo dia, uma turma extremamente feliz que foi conduzida majestosamente pelas alunas Beatriz e Ana Paula. para este terceiro dia de atividade, focamos em pegar testemunhos dos alunos, de como de fato, haviam consolidado a forma individual de lidar com a raiva, que neste momento, era nosso maior foco e percebemos o entusiasmo muito grande da turma, todos querendo nos contar como haviam escolhido uma forma para controlar a sua raiva, alguns dos testemunhos bem emocionantes, pois logo no primeiro dia de aula, um dos testemunhos que mais nos chamou a atenção foi de um aluno que quando perguntado o que ele queria fazer quando estava com raiva, ele nos respondeu prontamente que ele queria matar, e logo em seguida ele queria chutar. Este foi o aluno mais participativo na terceira aula, pois ele nos informou que agora sempre que ficava com raiva, ele bebia água e recolhia-se para seu quarto, ou se estivesse fora de casa, recolhia-se em um cantinho e contava até 10. Outros alunos testemunharam informando que alguns, quando estavam com raiva, faziam cálculos de matemática para se distrair, outros dançavam, outros apenas ouviam música e ainda tiveram outros que diziam que quando estavam com raiva, faziam dancinha.
A turma toda parecia muito feliz por ter entendido que a raiva fazia parte das emoções, mas que não precisavam ser dominados por ela e que tinham todos, a habilidade de, ao reconhecer a raiva, conseguir controlá-la. Durante a segunda meia hora de atividade, distribuímos os certificados onde cada um individualmente escreveu o seu nome e distribuímos um kit de lanche que continha: um todinho, um biscoito e um bolinho. Todos receberam os kits sem abri-los antes do momento determinado, em silêncio, muito participativos, educados e respeitosos. Após explicarmos que aquele era o nosso último dia de atividade, mas que sentiríamos muitas saudades, todos tiveram a oportunidade de se despedir, onde nos disseram palavras carinhosas, que sentiriam saudades e que amaram a atividade, houve quem ainda pediu que por favor, voltássemos no ano que vem. Todos foram liberados para lanchar e interagir caso ainda tivessem alguma dúvida para nos fazer ali naquele momento. A grande maioria interagiu, ficou de pé, quiseram tirar fotos, fizeram elogios, fizeram perguntas e ainda demonstrando interesse em como reconhecer e controlar outras emoções como por exemplo a ansiedade. Informamos que infelizmente ainda não estávamos ali para falar sobre outras emoções, mas que em uma oportunidade, se tivéssemos, iríamos fazer de tudo para voltar.
Assim encerramos a atividade, onde fomos levados até a saída da escola pela turma toda, que nos abraçava nos apresentávamos para os outros amigos de fora de sala de aula e inclusive, nos presenteando carinhosamente com uma sacola na qual continha melhitos, pacote de pipoca doce e pirulitos com cartinhas de agradecimentos.
Antes de irmos embora, nos dirigimos até a diretoria onde agradecemos a oportunidade, perguntamos se havia alguma observação a ser feita e para nossa surpresa, sem demonstrar qualquer interesse, a coordenadora apenas disse obrigado e que se quiséssemos voltar, poderíamos. Não se levantou da cadeira, não nos acompanhou até a saída e não demonstrou nenhum tipo de interesse na atividade como um todo.
6.5. RESULTADOS ESPERADOS
Após a aplicação da dinâmica proposta nesse projeto de extensão, espera-se
que as crianças consigam identificar suas emoções e que essas serão de acordo
com cada experiência de diferentes momentos de suas vidas, regulando suas
emoções.
Ao abordar a regulação das emoções, a atividade propõe à criança o
conhecimento de suas emoções e como lidar com suas experiências emocionais e
meios de saber comunicá-las. Logo, espera-se, além disso, que elas comecem a
entender que essas emoções podem e devem ser externadas ao próximo,
aprendendo a entender suas diferentes emoções e como o ambiente externo pode
influenciar nelas.
Dessa forma, cria-se um impacto positivo ao estimular a compreensão e o
respeito mútuo entre as crianças. Ao promover atividades que incentivem a reflexão
e a prática das emoções, reparando uma geração mais consciente e capaz de gerir
suas emoções de forma saudável, o que, em última instância, contribui para uma
sociedade mais equilibrada e racional.
De acordo com o resultado esperado e as atividades desenvolvidas faxer os resultados obtidos
RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS A atividade foi desenvolvida em várias etapas. Primeiramente houve uma reunião do grupo pré-estabelecido formado por 6 componentes nas dependências da universidade para sabermos como seria organizada a atividade a qual definimos o tema, qual a escola seria escolhida, e após 3 horas de discussão o grupo desenvolveu o projeto que foi apresentado para a coordenadora do projeto de extensão que recebeu as nossas idéias, pontuando, fazendo algumas observações e instruindo corretamente passo a passo do projeto. Após as definições, o grupo foi até a escola Paulo Graça, escola escolhida, para apresentar o projeto aprovado pela coordenação do projeto de extensão, que ouviram atentamente a ideia do projeto que foi explanada de forma minuciosa, onde, informamos que, havendo algum alguma objeção ao qualquer uma das ideias apresentadas, que estas poderiam ser questionadas, substituídas ou até mesmo aprofundadas para que juntamente com a nossa coordenação, o grupo desenvolvedor do projeto e a unidade escolar viabilizassem o melhor projeto possível para alcançar as metas objetivadas. O próximo passo foi iniciar as atividades do projeto que no quesito atividade, foi dividida em 3 partes, sendo a primeira etapa da atividade em sala de aula com os discentes levando bonecos gigantes impressos em PVC das emoções: alegria, raiva, tristeza e vergonha. Bonecos ex que estiveram presentes nos três dias de atividades na escola. O grupo chegou de forma ordenada na unidade escolar, dirigiu-se até a diretoria para informar a presença do grupo e assim, para iniciarmos as atividades, fomos levados até a sala de aula pelo porteiro da escola, onde encontramos com o professor da sala de aula responsável e este nos deixou livres para iniciarmos a atividade. Como percebemos que estava tendo uma festa de aniversário, esperamos finalizarem esta atividade para a partir deste ponto darmos início. Previamente decidimos que neste primeiro dia de atividade, por se tratar de crianças de 9 a 11 anos, teríamos 2 líderes, que iriam coordenar o grupo para que as crianças soubessem a quem direcionar melhor a sua atenção. A aluna Ivonete Pimentel ficou responsável juntamente com a aluna Maísa . Para iniciar a aluna Ivonete Pimentel entrou sozinha na sala de aula onde informou que juntamente com um grupo de discentes da universidade Nilton Lins, alunos este do curso de psicologia, iriam dar início a uma atividade escolar na qual aquela turma havia sido escolhida para participar. Foram chamados todos os discentes restantes sendo devidamente apresentados um a um, e a partir daí iniciamos a atividade explicando para os alunos quem nós éramos, alunos da faculdade de psicologia, que nós estávamos ali como acadêmicos ainda do primeiro ano do curso, realizando uma atividade que envolveria a explanação do que seriam as emoções com as quais trabalharíamos nesta atividade, a raiva a alegria, a tristeza e a vergonha. Explicamos também o que faz um psicólogo, como deve agir um psicólogo e como nós agiríamos no primeiro dia no segundo e no terceiro dia de atividade. Após explicar toda a atividade como funcionaria, iniciamos a atividade proposta para o primeiro dia que consistia em primeiramente explicar por que sentíamos todas essas emoções a importância de sentirmos e identificarmos todas as emoções bem como, poderíamos lidar com essas emoções. Nós apresentamos os bonecos representativos das emoções para os alunos, explicando algumas características dos personagens, como as cores, vestimentas e outros elementos que representavam as emoções ali descritas em cada personagem. Para o primeiro dia de atividade levamos cartões, onde cada cartinha tinha uma pergunta simples como: “o que você sente quando o colega puxa seu cabelo?”, “o que você sente quando não tem aula?” ou “o que você sente quando o professor passa a tarefa de casa?” e assim por diante, para que os alunos sorteassem uma carta e após isso, faríamos a pergunta e o aluno respondia e a partir desta resposta, discutíamos com a sala o verdadeiro significado das emoções. Observamos em um primeiro momento, que a emoção predominante entre os alunos era a raiva, portanto, logo de início, ao percebermos esta predominância dessa emoção generalizada na turma, concentramos em desenvolver esta emoção, por ser mais pertinente. No primeiro dia percebemos uma turma retraída, porém bem agitada, uma turma pouco ouvinte, por medo do professor que a todo instante gritava com a turma, porém, oferecemos a turma um sistema de troca (compensação), onde, durante as atividades, iríamos trabalhar, a turma contribuiria comportando-se de forma organizada onde caso quisessem fazer perguntas ou colocações, levantaria primeiro a mão, em troca da organização, ao terceiro dia, iríamos presentear à turma com um certificado de formados nas emoções bem como uma manhã com lanches e muita conversa. Aceitaram super bem e desde então ficou mais fácil lidar com a turma. Percebemos que deste momento em diante a turma passou a ser, mas acolhedora com a equipe, organizada obediente e muito participativa. Finalizamos o primeiro dia de atividade um tanto quanto assustados por conta do comportamento agressivo e autoritário do professor desta sala de aula, sua agressividade, a ausência da coordenadora ou de qualquer um supervisor escolar para a atividade, observamos também que não houve em nenhum momento, a confirmação de quem nós éramos, de que faculdade éramos, apenas tivemos a autorização para exercer a atividade sem nenhum acompanhamento feito pela escola Paulo Graça. Após o primeiro dia de atividade, o grupo reuniu-se para dar todas as suas impressões, fazer as observações e sabermos se continuaríamos fielmente ao projeto apresentado após o que observamos em loco. chegamos à conclusão de que seria possível manter o projeto e alcançar o objetivo almejado que era desenvolver junto com as crianças o conhecimento, a identificação e o relacionamento interpessoal com as emoções apresentadas. Como sentimos um pouco de insegurança por conta do comportamento inadequado do professor, buscamos na coordenação do curso do projeto de extensão, orientações a respeito de como lidar ou se deveríamos mudar a rota do projeto. Após ouvir as diretrizes da nossa coordenadora, em uma nova reunião, decidimos por manter o projeto fazendo apenas pequenas alterações com relação a postura no sentido de não nos envolvermos emocionalmente com a agressividade do professor, que não era direcionada a nós e sim para a turma, pois entendemos que seria um assunto no qual não conseguiríamos nos aprofundar de forma a resolver, sendo assim, mantivemos o foco apenas em manter na íntegra o projeto conforme elaborado inicialmente. Acreditando também que, possivelmente, através de uma postura saudável, poderíamos atingir de forma positiva o professor, mesmo esse não sendo o principal objetivo naquele momento. Durante a semana, solicitamos da escola se poderíamos deixar os bonecos gigantes em sala de aula juntamente com uma caixinha com papéis e canetas soltos, onde ao final de cada dia, durante aquela semana escolar, todos os alunos ficariam responsáveis por escrever a emoção predominante naquela manhã de estudo e colocar na caixinha para fazermos uma coleta de dados emocionais durante aquela semana escolar. Nossa intenção era colher dados para identificarmos a diferença de qual emoção sentir em um dia normal de estudo sem uma equipe voltada para o acolhimento daquelas crianças, e um dia de atividade diferenciada voltada para o acolhimento emocional. No segundo dia de atividade, percebemos a euforia dos alunos em nos receber, percebemos que os alunos gravaram os nomes da equipe, já estavam alunos mais ouvintes e acolhedores para as atividades. Neste segundo dia, organizamos as cadeiras em formato de círculo para darmos início a uma roda de conversa que era o que já estava planejado em nosso projeto no qual visamos discutir com os alunos como eles entenderam o significado de cada emoção explicada, se estavam conseguindo identificar todas essas emoções, quais os momentos em que sentiam as emoções e como estavam fazendo para lidar para controlar principalmente da raiva, que foi a emoção predominante durante o primeiro dia de atividade. percebemos que na turma haviam 2 alunos muito especiais, um aluno que de acordo com o professor comportava se de uma forma repetitiva nas perguntas em sala de aula, diferenciada no quesito de não conseguir acompanhar na questão da atenção e no aprendizado, fomos informados que é um aluno “autista” sem diagnóstico, segundo as palavras do professor. Um outro aluno também chamou bastante nossa atenção por se diferenciar de um modo geral da turma com relação as habilidades da fala, uma pronúncia muito correta das palavras e um vocabulário muito rico, usando palavras que normalmente crianças da idade de 9 a 11 anos não utilizam como por exemplo, “introspectiva”, “realização escolar”, “futuro majestoso” entre outras palavras. Percebemos, ao conversar com os alunos, que todos estavam muito felizes querendo dividir com nosso grupo como haviam conseguido controlar a raiva e como cada um estava desenvolvendo seu próprio método. Refizemos algumas das perguntas que havíamos feito no primeiro dia. Neste segundo dia, quem liderou a equipe foram os alunos Liliane e Nilson que gentilmente reforçaram para a turma a importância de saber lidar com as emoções explicando que todas as emoções eram importantes mesmo sendo a emoção da raiva. Houve um fato no qual um dos alunos começou a falar sobre o fato de sentir raiva quando não podia ficar na casa da avó, percebemos uma das alunas desenvolvendo uma crise de ansiedade na qual as pernas balançavam muito, ela colocava as 2 mãozinhas fechadas dentro da boca fazendo movimentos de “socos”, os olhos reviravam lentamente. Ao percebermos, informamos ao professor que nos respondeu dizendo que era comum que ela sempre tinha crises de ansiedade e que quando ela tinha crises, ele encostava a cabeça dele na dela fazendo um som como se estivesse pedindo silêncio. Neste momento, as alunas Ivonete e Beatriz, acompanharam a aluna até o lado de fora da sala, sentaram-se no chão a aluna e segurando nas mãos da menor que pediu nossa ajuda, começamos a conversar, e durante a conversa foi perguntado que tipo de sorvete ela gostava, o que ela gostava de fazer, qual tipo de esporte praticava, se gostava de desenhar, qual a brincadeira favorita e percebemos que a aluna começou a dar as respostas de forma inicialmente aleatória e nervosa porém durante o período de conversa demonstrou ficar mais tranquila após uma média de 20 minutos, demonstrou estar mais tranquila e nos contou que durante nossa atividade em sala de aula, ela lembrou-se do primo com quem morava na mesma residência, porém que este primo precisou morar no interior e que ela sentia muita saudade do primo e que sempre que lembrava dele, tinha crises de ansiedade. perguntamos se ela queria ir embora, e ela nos respondeu que não, que estava disposta a voltar para a sala de aula para continuar a atividade, pois ela não queria ir embora e queria estar ali com a equipe para participar da atividade. Ao final do segundo dia da execução do projeto, percebemos que os bonecos que haviam ficado na responsabilidade da escola de colocá-los em sala durante os 4 dias que não estaríamos ali presente, foram colocados apenas em 2 dias, porém consideramos que ainda assim seria possível manter esta atividade para coleta de dados na semana seguinte mesmo não tendo sido colocado todos os dias conforme a escola responsabilizou-se (na verdade, inicialmente dissemos que nós iríamos todos os dias colocar e retirar os bonecos, bem como as caixinhas que recolheria as emoções diárias porém, a própria instituição disse que não precisava pois eles mesmos providenciariam o recolhimento das emoções). Ficamos bem satisfeitos com o segundo dia de atividade, percebemos uma turma mais tranquila, percebemos uma turma mais ouvinte, percebemos uma turma mais calma e ficamos bem impressionados com a receptividade da turma de um modo geral. Entre uma atividade e outra, aguardávamos uma semana, pois entendíamos que os alunos precisavam de tempo para absorver e colocar em prática aquilo que estávamos desenvolvendo em sala de aula, como percebemos que entre o dia 01 e o dia 02, houve uma absorção muito grande por parte dos alunos, mantivemos a escala de 7 dias até o próximo encontro com a turma. No terceiro dia de atividade e último, ao chegarmos na sala de aula, percebemos uma euforia ainda maior que a feita no segundo dia, uma turma extremamente feliz que foi conduzida majestosamente pelas alunas Beatriz e Ana Paula. para este terceiro dia de atividade, focamos em pegar testemunhos dos alunos, de como de fato, haviam consolidado a forma individual de lidar com a raiva, que neste momento, era nosso maior foco e percebemos o entusiasmo muito grande da turma, todos querendo nos contar como haviam escolhido uma forma para controlar a sua raiva, alguns dos testemunhos bem emocionantes, pois logo no primeiro dia de aula, um dos testemunhos que mais nos chamou a atenção foi de um aluno que quando perguntado o que ele queria fazer quando estava com raiva, ele nos respondeu prontamente que ele queria matar, e logo em seguida ele queria chutar. Este foi o aluno mais participativo na terceira aula, pois ele nos informou que agora sempre que ficava com raiva, ele bebia água e recolhia-se para seu quarto, ou se estivesse fora de casa, recolhia-se em um cantinho e contava até 10. Outros alunos testemunharam informando que alguns, quando estavam com raiva, faziam cálculos de matemática para se distrair, outros dançavam, outros apenas ouviam música e ainda tiveram outros que diziam que quando estavam com raiva, faziam dancinha. A turma toda parecia muito feliz por ter entendido que a raiva fazia parte das emoções, mas que não precisavam ser dominados por ela e que tinham todos, a habilidade de, ao reconhecer a raiva, conseguir controlá-la. Durante a segunda meia hora de atividade, distribuímos os certificados onde cada um individualmente escreveu o seu nome e distribuímos um kit de lanche que continha: um todinho, um biscoito e um bolinho. Todos receberam os kits sem abri-los antes do momento determinado, em silêncio, muito participativos, educados e respeitosos. Após explicarmos que aquele era o nosso último dia de atividade, mas que sentiríamos muitas saudades, todos tiveram a oportunidade de se despedir, onde nos disseram palavras carinhosas, que sentiriam saudades e que amaram a atividade, houve quem ainda pediu que por favor, voltássemos no ano que vem. Todos foram liberados para lanchar e interagir caso ainda tivessem alguma dúvida para nos fazer ali naquele momento. A grande maioria interagiu, ficou de pé, quiseram tirar fotos, fizeram elogios, fizeram perguntas e ainda demonstrando interesse em como reconhecer e controlar outras emoções como por exemplo a ansiedade. Informamos que infelizmente ainda não estávamos ali para falar sobre outras emoções, mas que em uma oportunidade, se tivéssemos, iríamos fazer de tudo para voltar. Assim encerramos a atividade, onde fomos levados até a saída da escola pela turma toda, que nos abraçava nos apresentávamos para os outros amigos de fora de sala de aula e inclusive, nos presenteando carinhosamente com uma sacola na qual continha melhitos, pacote de pipoca doce e pirulitos com cartinhas de agradecimentos. Antes de irmos embora, nos dirigimos até a diretoria onde agradecemos a oportunidade, perguntamos se havia alguma observação a ser feita e para nossa surpresa, sem demonstrar qualquer interesse, a coordenadora apenas disse obrigado e que se quiséssemos voltar, poderíamos. Não se levantou da cadeira, não nos acompanhou até a saída e não demonstrou nenhum tipo de interesse na atividade como um todo.
6.5. RESULTADOS ESPERADOS Após a aplicação da dinâmica proposta nesse projeto de extensão, espera-se que as crianças consigam identificar suas emoções e que essas serão de acordo com cada experiência de diferentes momentos de suas vidas, regulando suas emoções. Ao abordar a regulação das emoções, a atividade propõe à criança o conhecimento de suas emoções e como lidar com suas experiências emocionais e meios de saber comunicá-las. Logo, espera-se, além disso, que elas comecem a entender que essas emoções podem e devem ser externadas ao próximo, aprendendo a entender suas diferentes emoções e como o ambiente externo pode influenciar nelas. Dessa forma, cria-se um impacto positivo ao estimular a compreensão e o respeito mútuo entre as crianças. Ao promover atividades que incentivem a reflexão e a prática das emoções, reparando uma geração mais consciente e capaz de gerir suas emoções de forma saudável, o que, em última instância, contribui para uma sociedade mais equilibrada e racional. De acordo com o resultado esperado e as atividades desenvolvidas faxer os resultados obtidos