Revolução Praieira
A chamada Revolução Praieira, ocorrida em Pernambuco no ano de 1848, foi um movimento popular que questionava a concentração de terra e de renda, bem como a miséria em que viviam as camadas populares.
Quando a cana-de-açúcar deixou de ser a principal fonte de lucros, o governo federal perdeu o interesse pela região e, consequentemente, os problemas foram ampliados. Dessa forma, desde 1844, Pernambuco era palco de constantes manifestações sociais. Muitas dessas manifestações eram contra os comerciantes portugueses, que tinham vantagens na região.
A Revolução Praieira deve seu nome ao jornal Diário Novo, localizado na Rua da Praia, em Recife. Ele era o principal veículo de propaganda do Partido Liberal na província.
Com o objetivo de conter as manifestações, o governo imperial substituía os que estavam no governo da província pelos conservadores, arriando ainda mais os ânimos dos "praieiros".
Em janeiro de 1849, Foi publicado um documento revolucionário elaborado por Borges da Fonseca. O intitulado Manifesto ao mundo defendia o direito ao voto livre e universal, a liberdade de imprensa, o fim do Poder Moderador, além de autonomia às províncias e o fim do monopólio português no comércio.
Embora apresentassem alguns pontos de caráter socialista, possivelmente um reflexo dos movimentos sociais ocorridos na França no ano de 1848, os "praieiros" não manifestavam nenhum questionamento em relação ao trabalho escravo.
