Rita era uma menina tímida e retraída, de nove anos de ida...

Rita era uma menina tímida e retraída, de nove anos de idade, que apresentava sérias dificuldades de aprendizagem, sobretudo para ler e escrever. Seus pais, preocupados com seu desempenho escolar, após conversa com a diretora da escola, consultaram um médico neurologista para verificar se ela apresentava alguma disfunção. O doutor que a examinou não diagnosticou nenhuma enfermidade, porém, em seu relatório, aconselhou que Rita fosse acompanhada por um profissional específico, um psicopedagogo, um psicólogo ou um fonoaudiólogo.

Os pais de Rita iniciaram o tratamento da menina com um psicopedagogo que diagnosticou as principais dificuldades de aprendizagem da garota. Constatou-se, logo no início das sessões, que Rita apresentava grande déficit de atenção. Não conseguia ler com fluência, mas silabicamente, e apresentava muita dificuldade na interpretação de textos. Em relação à escrita, mostrava deficiências para estruturar o pensamento e redigir um texto, cometendo diversos erros ortográficos. Rita também cometia muitos equívocos ao expressar-se verbalmente e por escrito.

Na escola, Rita não conseguia acompanhar o ritmo das aulas. Embora tivesse toda a assistência da professora e de sua auxiliar, ela parecia sempre mais atrasada do que os demais coleguinhas de classe. Sentava-se na frente, parecia atenta às explicações da professora, não conversava durante a aula.

Rita foi observada em sala na relação com os demais colegas. Durante as aulas, ela se mostrava retraída, interagia pouco e parecia sempre no “mundo da lua”, perdida em pensamentos.

As dificuldades de Rita preocupavam seus pais bem como todos os seus professores, que, embora fizessem grande esforço para ajudá-la, não obtinham muito resultado. Em casa, Rita passava a maior parte do tempo com seus brinquedos, e, sendo filha única, o ato de brincar era muito solitário. Rita continuou seus estudos, apesar das dificuldades, e foi aprovada não por apresentar bons resultados, mas pela política educacional que restringia a reprovação dos alunos na sua escola.

O caso de Rita, embora seja uma história fictícia, representa a realidade de muitas crianças em período escolar (GAMEZ, p.7, 2013).

GAMEZ, Luciano Psicologia da educação / Luciano Gamez ; organização Andrea Ramal. -Rio de Janeiro : LTC, 2013. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/978-85-216-2240-6/pageid/0. Acesso em: 10 de setembro de 2022.

Com base nos estudos realizados na UCD de Alfabetização e Letramento e a leitura do caso de Rita, indique uma proposta de alfabetização inovadora de acordo com os princípios de uma educação inclusiva, não esqueça de pontuar as teorias estudadas para uma alfabetização que faça sentido para os estudantes.