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Arthur
SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA – A POESIA DE 1930 – CARLOS DRUMM...
SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA – A POESIA DE 1930 – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, VINÍCIUS DE MORAES E CECÍLIA MEIRELES
CARACTERÍSTICAS
● Realismo: a prosa da época retoma elementos do Realismo, mas com uma visão mais crítica e engajada.
● Regionalismo: muitos escritores se dedicaram a retratar as diversas regiões do Brasil, com seus costumes e problemas.
● Denúncia social: a Prosa de 30 frequentemente denunciava as desigualdades sociais e as injustiças. E a poesia?
● Linguagem: mais direta, concisa e com uso frequente de símbolos e metáforas.
● Temas: abordavam desde a realidade social e política até questões existenciais e introspectivas.
● Estilo: buscava uma identidade nacional e uma linguagem mais brasileira.
Leia o poema “Quadrilha”, de Drummond:
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que
amava Lili
que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos, Teresa
para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou
para tia, Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
- O que o título “Quadrilha” sugere?
- Qual é a sua relação com o tema do poema?
- Podemos considerar esta visão do amor como uma visão moderna? Por quê?
- A segunda geração modernista brasileira, que floresceu na década de 1930, trouxe consigo uma renovação profunda na poesia nacional. Os poetas dessa geração, como Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles, buscavam expressar as complexidades da existência humana e as transformações sociais de seu tempo. Considerando as características da poesia dessa geração, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta:
a) Os poetas da segunda geração modernista mantiveram uma forte ligação com os padrões formais e temáticos do Parnasianismo, buscando a perfeição formal e a descrição objetiva da realidade.
b) A poesia de 30 caracterizou-se pelo uso excessivo de neologismos e experimentalismos linguísticos, tornando-a incompreensível para o grande público.
c) Os poetas dessa geração demonstravam um profundo interesse em explorar temas existenciais e universais, como o amor, a morte e a passagem do tempo.
d) A poesia da segunda geração modernista era marcada por um forte engajamento político, com os poetas atuando ativamente na defesa de regimes autoritários.
- Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade e relacione cada estrofe com a sua possível interpretação
Poema de sete faces
( 1 ) Quando nasci, um anjo torto ( ) As pessoas usam máscaras,
desses que vivem na sombra não mostram sua verdadeira
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. essência
( 2 ) As casas espiam os homens ( ) A superficialidade das relações
que correm atrás de mulheres. pessoais
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
( 3 ) O bonde passa cheio de pernas: ( ) Cristo sabia por que veio ao
pernas brancas pretas amarelas. mundo. O poeta não
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
( 4 ) O homem atrás do bigode ( ) O artista é um eterno inadaptado
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
( 5 ) Meu Deus, por que me abandonaste ( ) O poeta se afasta e se isola do
se sabias que eu não era Deus, mundo, por não adaptar-se a ele
se sabias que eu era fraco.
( 6 ) Mundo mundo vasto mundo ( ) O poeta quer resistir à emoção e
se eu me chamasse Raimundo não consegue. O conflito entre
seria uma rima, não seria uma solução. razão e emoção
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
( 7 ) Eu não devia te dizer ( ) O artista nos conta que cada tema
mas essa lua expresso em cada estrofe pode
mas esse conhaque estar presente nos textos literários
botam a gente comovido como o diabo.
Principais autores da geração de 1930: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes
Vinicius de Moraes (1913-1980)
• Poeta, escritor, músico e diplomata brasileiro;
• Carreira diplomática em países como Uruguai e França;
• Embaixador cultural do Brasil no exterior;
• Espírito boêmio e paixão pela vida;
• Capturou a essência das emoções humanas em suas obras;
• Um dos artistas mais queridos e influentes da história brasileira.
Soneto de fidelidade (Vinicius de Moraes, 1939)
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
6. (UFSCAR 2002 – ADAPTADO) Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta:
A. não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas
B. acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor.
C. entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas.
D. concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza.
E. vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor.
Na música “Por enquanto”, o poeta Renato Russo diz que “o pra sempre/ sempre acaba”...
“Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba.”
7. (UFSCAR, 2002 - adaptado). Em “Por enquanto”, Renato Russo diz que “o pra sempre/sempre acaba”. Essa ideia, em um famoso poema de Vinicius de Moraes, aparece no seguinte verso:
A. “Mas que seja infinito enquanto dure”.
B. “Quero vivê-lo em cada vão momento”.
C. “Quem sabe a morte, angústia de quem vive”.
D. “Quem sabe a solidão, fim de quem ama”.
E. “Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto”
Cecília Meireles (1901-1964)
• Visão poética que explorou aspectos sutis da experiência humana;
• Habilidade em fundir o cotidiano com o transcendental e universal;
• Defensora dos direitos das crianças e atuante na Educação;
• Influenciou políticas educacionais no Brasil.
Leia o seguinte poema de Cecília Meireles:
Cântico VI
Tu tens um medo de
Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo. Q
ue és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
8. (ENEM, 2015) A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em “Cântico VI”, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana,
A. a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar.
B. o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo.
C. o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas.
D. a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente.
E. um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas.
Motivo (Cecília Meireles, 1939).
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
9. É notória a oposição de ideias nos versos, o que significa que neles se encontra como principal figura de linguagem a:
A. metáfora.
B. antítese.
C. sinestesia.
D. metonímia.
E. catacrese.
- Em ambos os poemas, “Soneto de Fidelidade” e “Motivo”, como os poetas expressam a incerteza sobre o futuro?
- Como a natureza efêmera da vida é refletida nos dois poemas?
responda as perguntas por favor e simplifica as q sao de resposta
SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA – A POESIA DE 1930 – CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, VINÍCIUS DE MORAES E CECÍLIA MEIRELES
CARACTERÍSTICAS
● Realismo: a prosa da época retoma elementos do Realismo, mas com uma visão mais crítica e engajada.
● Regionalismo: muitos escritores se dedicaram a retratar as diversas regiões do Brasil, com seus costumes e problemas.
● Denúncia social: a Prosa de 30 frequentemente denunciava as desigualdades sociais e as injustiças. E a poesia?
● Linguagem: mais direta, concisa e com uso frequente de símbolos e metáforas.
● Temas: abordavam desde a realidade social e política até questões existenciais e introspectivas.
● Estilo: buscava uma identidade nacional e uma linguagem mais brasileira.
Leia o poema “Quadrilha”, de Drummond:
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que
amava Lili
que não amava ninguém.
João foi pra os Estados Unidos, Teresa
para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou
para tia, Joaquim suicidou-se
e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
- O que o título “Quadrilha” sugere?
- Qual é a sua relação com o tema do poema?
- Podemos considerar esta visão do amor como uma visão moderna? Por quê?
- A segunda geração modernista brasileira, que floresceu na década de 1930, trouxe consigo uma renovação profunda na poesia nacional. Os poetas dessa geração, como Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles, buscavam expressar as complexidades da existência humana e as transformações sociais de seu tempo. Considerando as características da poesia dessa geração, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta: a) Os poetas da segunda geração modernista mantiveram uma forte ligação com os padrões formais e temáticos do Parnasianismo, buscando a perfeição formal e a descrição objetiva da realidade. b) A poesia de 30 caracterizou-se pelo uso excessivo de neologismos e experimentalismos linguísticos, tornando-a incompreensível para o grande público. c) Os poetas dessa geração demonstravam um profundo interesse em explorar temas existenciais e universais, como o amor, a morte e a passagem do tempo. d) A poesia da segunda geração modernista era marcada por um forte engajamento político, com os poetas atuando ativamente na defesa de regimes autoritários.
- Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade e relacione cada estrofe com a sua possível interpretação
Poema de sete faces
( 1 ) Quando nasci, um anjo torto ( ) As pessoas usam máscaras,
desses que vivem na sombra não mostram sua verdadeira
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. essência
( 2 ) As casas espiam os homens ( ) A superficialidade das relações
que correm atrás de mulheres. pessoais
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
( 3 ) O bonde passa cheio de pernas: ( ) Cristo sabia por que veio ao
pernas brancas pretas amarelas. mundo. O poeta não
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
( 4 ) O homem atrás do bigode ( ) O artista é um eterno inadaptado
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
( 5 ) Meu Deus, por que me abandonaste ( ) O poeta se afasta e se isola do
se sabias que eu não era Deus, mundo, por não adaptar-se a ele
se sabias que eu era fraco.
( 6 ) Mundo mundo vasto mundo ( ) O poeta quer resistir à emoção e
se eu me chamasse Raimundo não consegue. O conflito entre
seria uma rima, não seria uma solução. razão e emoção Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. ( 7 ) Eu não devia te dizer ( ) O artista nos conta que cada tema
mas essa lua expresso em cada estrofe pode mas esse conhaque estar presente nos textos literários botam a gente comovido como o diabo. Principais autores da geração de 1930: Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Vinícius de Moraes Vinicius de Moraes (1913-1980) • Poeta, escritor, músico e diplomata brasileiro; • Carreira diplomática em países como Uruguai e França; • Embaixador cultural do Brasil no exterior; • Espírito boêmio e paixão pela vida; • Capturou a essência das emoções humanas em suas obras; • Um dos artistas mais queridos e influentes da história brasileira. Soneto de fidelidade (Vinicius de Moraes, 1939) De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. 6. (UFSCAR 2002 – ADAPTADO) Nos dois primeiros quartetos do soneto de Vinicius de Moraes, delineia-se a ideia de que o poeta: A. não acredita no amor como entrega total entre duas pessoas B. acredita que, mesmo amando muito uma pessoa, é possível apaixonar-se por outra e trocar de amor. C. entende que somente a morte é capaz de findar com o amor de duas pessoas. D. concebe o amor como um sentimento intenso a ser compartilhado, tanto na alegria quanto na tristeza. E. vê, na angústia causada pela ideia da morte, o impedimento para as pessoas se entregarem ao amor. Na música “Por enquanto”, o poeta Renato Russo diz que “o pra sempre/ sempre acaba”... “Se lembra quando a gente Chegou um dia a acreditar Que tudo era pra sempre Sem saber Que o pra sempre Sempre acaba.” 7. (UFSCAR, 2002 - adaptado). Em “Por enquanto”, Renato Russo diz que “o pra sempre/sempre acaba”. Essa ideia, em um famoso poema de Vinicius de Moraes, aparece no seguinte verso: A. “Mas que seja infinito enquanto dure”. B. “Quero vivê-lo em cada vão momento”. C. “Quem sabe a morte, angústia de quem vive”. D. “Quem sabe a solidão, fim de quem ama”. E. “Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto”
Cecília Meireles (1901-1964) • Visão poética que explorou aspectos sutis da experiência humana; • Habilidade em fundir o cotidiano com o transcendental e universal; • Defensora dos direitos das crianças e atuante na Educação; • Influenciou políticas educacionais no Brasil. Leia o seguinte poema de Cecília Meireles: Cântico VI Tu tens um medo de Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Q ue és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. 8. (ENEM, 2015) A poesia de Cecília Meireles revela concepções sobre o homem em seu aspecto existencial. Em “Cântico VI”, o eu lírico exorta seu interlocutor a perceber, como inerente à condição humana, A. a sublimação espiritual graças ao poder de se emocionar. B. o desalento irremediável em face do cotidiano repetitivo. C. o questionamento cético sobre o rumo das atitudes humanas. D. a vontade inconsciente de perpetuar-se em estado adolescente. E. um receio ancestral de confrontar a imprevisibilidade das coisas.
Motivo (Cecília Meireles, 1939). Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Irmão das coisas fugidias, não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias no vento. Se desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, – não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: – mais nada. 9. É notória a oposição de ideias nos versos, o que significa que neles se encontra como principal figura de linguagem a: A. metáfora. B. antítese. C. sinestesia. D. metonímia. E. catacrese.
- Em ambos os poemas, “Soneto de Fidelidade” e “Motivo”, como os poetas expressam a incerteza sobre o futuro?
- Como a natureza efêmera da vida é refletida nos dois poemas?
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