Seleção artificial
Compreende a seleção intencional geralmente realizada por criadores de animais e plantas, os quais selecionam indivíduos com base em características desejáveis para a reprodução. Essas características podem ser frutos maiores, quantidade maior de folhas, maior produção de leite ou, entre outras, as alterações são percebidas em uma escala de tempo muito menor que a seleção natural.
O método de seleção artificial era conhecido por Darwin, que empregava em sua criação de pombos para a formação de características diferentes entre os indivíduos, como coloração e mais ou menos penas. Animais como porcos, ovelhas, vacas e cavalos também passaram pelo método de seleção artificial iniciado com espécies selvagens, o que resultou em seu processo de domesticação.
Os vegetais que atualmente compõem a base da alimentação humana, como milho, soja, trigo, arroz e feijão, também passaram pelo processo de seleção artificial. Nesse casos, os agricultores escolhiam as plantas com frutos ou grãos maiores e mais saborosos, realizavam os cruzamentos e replantavam até atingir seu objetivo.
A seleção artificial de sementes possibilitou que espécies selvagens sofressem modificações, originando as que conhecemos na atualidade. Um exemplo é a mostarda-silvestre, por meio da qual se obteve o cultivo de brócolis, couve-flor e repolho, entre outras plantas.
A seleção artificial faz com que, além da característica desejada, outras menos vantajosas sejam eliminadas, o que pode levar ao origem genética e, principalmente, a redução da variabilidade genética e da biodiversidade, fenômeno denominado erosão genética.