Seleção natural disruptiva
Também conhecida como seleção diversificadora, a seleção natural disruptiva ocorre quando os fenótipos extremos são favorecidos, ou seja, os indivíduos que existem em menor quantidade tendem a se reproduzir mais que os intermediários, que se localizam no centro da distribuição populacional. Esse processo pode ser ilustrado por meio de um gráfico.
A seleção natural disruptiva é de particular interesse teórico, pois promove a diversidade genética em uma população e possibilita o fenômeno da especiação. Por isso, também é chamada de...
Com o tempo, esse tipo de seleção pode formar duas populações com maior diversidade genética, possibilitando a especiação (formação de novas espécies). Um exemplo de seleção disruptiva ocorre com as sementes que servem de alimento a besouros, os quais preferem as de tamanho médio, desprezando as de tamanho pequeno ou grande. Com isso, as sementes que apresentam fenótipos extremos são favorecidas, aumentando o número de plantas que produzem sementes pequenas ou grandes na população.
Seleção sexual
Trata-se de um caso especial de seleção natural relacionado com a capacidade dos seres vivos de se reproduzir. Em alguns casos, os indivíduos apresentam atrativos que favorecem a obtenção de um parceiro. Essas características podem ser ornamentais, comportamentais ou estarem relacionadas ao tamanho dos indivíduos. Entre alguns exemplos de atrativos, estão a cauda do pavão, o chifre do cervo, o tamanho do pescoço da girafa, o canto dos pássaros e o coaxar dos sapos. Na maioria dos casos, essas características são diferentes nos machos e nas fêmeas, caracterizando o dimorfismo sexual - o macho geralmente é o mais exuberante em termos de forma e coloração.
Darwin citou o dimorfismo sexual na formulação da teoria da evolução. Em seu livro A origem das espécies, ele explica que há um tipo de seleção que atua em um dos sexos em razão da escolha que é feita pelos indivíduos do outro sexo. Em geral, a fêmea que escolhe o indivíduo com quem ela vai se acasalar. Portanto, o dimorfismo sexual resulta, na maior parte dos casos, da seleção de machos por parte das fêmeas.