VELHAS TRISTEZAS
Diluências de luz, velhas tristezas
das almas que morreram para a luta!
Sois as sombras amadas de belezas
hoje mais frias do que a pedra bruta.
Murmúrios incógnitos de gruta
onde o Mar canta os salmos e as rudezas
de obscuras religiões — voz impoluta
de todas as titânicas grandezas.
Passai, lembrando as sensações antigas,
paixões que foram já dóceis amigas,
na luz de eternos sóis glorificadas.
Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
velhas tristezas que se vão embora
no poente da Saudade amortalhadas! ...
SOUSA, Cruz . Disponível em: https://www.jornaldepoesia.jor.br/csousa.html#ocaso Acesso em: 25 fev. 2024.
Analisando a construção de sentido por meio de algumas das figuras de linguagem estudadas, nota-se que há
A) antítese na contraposição entre “sombras” e “frias”.
B) comparação na referência ao mar que canta salmos.
C) hipérbole devido ao exagero de “alegrias de há tempos”.
D) personificação em “na luz de eternos sóis glorificadas”.
E) antítese na contraposição direta entre “alegrias” e “tristezas”.