A Transparência Internacional (TI) define corrupção como “o abuso do poder confiado para fins privados e pode ser classificada como grande, pequena ou política, dependendo da quantidade de dinheiro perdido e dos setores em que ocorre”. Mas como expressar em números algo tão subjetivo como “abuso de poder”?
A saída encontrada pela TI foi focar na experiência de quem está envolvido com o setor público no dia a dia. O CPI é um índice que expressa, em uma escala de 0 (altamente corrupto) a 100 (muito limpo), “o grau em que a corrupção é percebida a existir entre funcionários públicos e políticos”.
Mas por que medir apenas a corrupção “percebida”? Não parece um critério muito subjetivo? Por mais frustrante que possa parecer, confiar nas percepções é o que há de mais seguro quando o assunto é corrupção, tendo em vista que os atos corruptos, em geral, são deliberadamente escondidos do público, tornando-se conhecidos apenas por meio de investigações e divulgação de escândalos.