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Sophia
Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro Cordel ...
Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro
Cordel
Trechos selecionados:
Quem foi mestre Vitalino
Quero te apresentar
Foi o maior ceramista
Quem fez o barro falar
Gênio de Caruaru
Estrela desse lugar
(...)
Um cabra tão nordestino
Sua arte nos envolve
Ele foi o rei do barro
Não precisa que se prove
Vitalino amor e fé
Viveram o maior Love
Mil novecentos e nove
Em 10 de julho nasceu
E em 20 de janeiro
De varíola ele morreu
No ano sessenta e três
Vitalino pereceu
(...)
Vitalino é um ator
Uma genialidade
A criança possuía
Com seis anos de idade
Suas mãos faziam peças
Que tinha identidade
Com originalidade
E assim se revelou
Quando sua mãe jogava
Um barro que lhe sobrou
O menino inventava
Um brinquedo se formou
No forno aproveitou
Pra botar sua moldagem
Brincadeira de criança
Alguém pensa é bobagem
Massa vida tá moldando
Um artista com bagagem
(...)
Ele é original
Sua peça é pra brincar
Reproduz seu dia-dia
Tudo que pode avistar
Vai ali amassa o barro
Pra poder representar
Ô menino vai botar
Boneco no caçuá
Na feira de Caruaru
Quando o burrico chegar
Vai ter gente esperando
Na barraca pra comprar
Morava em um lugar
No distrito de Ribeira
Seu pai no Alto do Moura
Comprou terra de primeira
Do sítio veio à cidade
Trazendo a família inteira
Essa terra hospitaleira
Mas difícil de encarar
No começo era deserto
Tão distante esse lugar
Sete mil metros de chão
Lá pra feira vai andar
(...)
O mundo tem que lembrar
O ilustre conhecido
Suas mãos quem despertou
Dilema já esquecido
Uma região tão rica
E um povo empobrecido
(...)
Amistosa a relação
Com seus admiradores
Zé Caboclo e Zé Rodrigues
Entre os seus seguidores
Tem Galdino e Eudócio
Transmitindo esses valores
Quantos são esses atores
Eu não posso adivinhar
Tentei no Alto do Moura
Com Nicinha fui falar
Essa grande artesã
Decidiu me ajudar
(...)
Gigante esse oleiro
Conseguindo transformar
Seus bonecos eram simples
Que atraiam o olhar
Tem uma que fala muito
Figura tão singular
O gato maracajá
Na árvore tá trepado
Em baixo o caçador
E seu cachorro ao lado
A imagem tá mostrando
O gato tá acuado
Está bem representado
Vitalino é sintonia
O local que ele vive
Toda a simbologia
Tudo que observava
Com barro ele fazia
Fazia tudo que via
Batizado boi vaqueiro
Fez cena de casamento
Lampião o cangaceiro
Tudo na feira vendia
Até pra o estrangeiro
A casa do farinheiro
O dentista e o carro
Enterro feito com rede
Banda de Pife e Jarro
Os temas da sua lida
Em todos eu me amarro
Vitalino deus do barro
Disse Petrúcio Amorim
Na visão desse poeta
Que o descreve assim
Sua arte foi notória
Só faltou ganhar din din
Teus bonecos são pra mim
É assim que eu ensino
Ao mostrar esses bonecos
Digo provo e assino
Que o homem cidadão
Já começa de menino
Casa Museu Vitalino
É lugar especial
Uma riqueza abundante
E de valor sem igual
Que traduz em sua essência
A cultura regional
(...)
Vitalino foi mostrar
Nordeste no estrangeiro
Na França e na Suíça
Tem peça desse oleiro
Já foi até em Brasília
E ao Rio de janeiro
Todo povo brasileiro
Já pode testemunhar
O império da Tijuca
100 anos comemorar
O samba foi Vitalino
Foi pra homenagear
Caruaru para lembrar
Filho ilustre artesão
A vida e sua obra
Serviu de inspiração
100 anos de Vitalino
Foi tema do São João
(...)
Quero aqui aclamar
Buscar nele inspiração
O cordel que agora fiz
Pra sua recordação
Vitalino é pro mundo
Ainda revelação
Amou assim este chão
Desse barro eu já fiz
Uma ponte que nos liga
O agreste até Paris
Amassando com as mãos
Do barro fez o que quis
(...)
E até nos transportar
Aqui no imaginário
A seca a migração
Esse problema agrário
Procissão e Lampião
Compõe seu vocabulário
Ele tornou-se lendário
Vitalino é memória
As crianças já escutam
Velhos contam a história
Que Vitalino Pereira
Experimentou a glória
Sua linda trajetória
Que o Brasil admirou
Suas mãos tão talentosas
Que tocando transformou
O barro do lpojuca
Cuja vida ele soprou
(...)
Cidadão sem vaidade
Mostrou seu torrão natal
O seu reconhecimento
Hoje internacional
Vitalino és bandeira
Da cultura nacional
Lá do sítio afinal
Tem belezas pra se ver
Vitalino é amostra
É exemplo pra valer
Venha pro Alto do Moura
Visitar pra você crer
Paro agora de escrever
Pois eu tenho que comprar
Um boneco que eu vi
Gosto de colecionar
A arte de Vitalino
Dizem pode até falar
Sobre este documento
Título
Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro
Tipo de documento
Cordel
Glossário
Caçuá: cesto grande e comprido de vime, cipó ou bambu, sem tampa e com alças para prender às cangalhas no transporte de gêneros diversos em animais de carga.
Origem
BATISTA, Ivaldo. Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro. Acervo particular.
Créditos
Ivaldo Batista
Palavras-chave
Literatura
biografia
cultura material
Continuar lendo
A partir de trechos do cordel, assinale uma alternativa:
Alternativas
(A) O título do cordel faz alusão à transformação do barro em arte e à complexidade que esse ofício envolve.
(B) O cordel trata da trajetória do Mestre Vitalino, da expressão e importância de sua obra.
(C) A participação do mestre na 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, em 1947, lhe deu visibilidade nacional.
(D) O título de mestre Vitalino se deu em função de sua formação tardia em curso superior de Artes Plásticas.
Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro Cordel
Trechos selecionados:
Quem foi mestre Vitalino Quero te apresentar Foi o maior ceramista Quem fez o barro falar Gênio de Caruaru Estrela desse lugar (...) Um cabra tão nordestino Sua arte nos envolve Ele foi o rei do barro Não precisa que se prove Vitalino amor e fé Viveram o maior Love
Mil novecentos e nove Em 10 de julho nasceu E em 20 de janeiro De varíola ele morreu No ano sessenta e três Vitalino pereceu
(...)
Vitalino é um ator Uma genialidade A criança possuía Com seis anos de idade Suas mãos faziam peças Que tinha identidade
Com originalidade E assim se revelou Quando sua mãe jogava Um barro que lhe sobrou O menino inventava Um brinquedo se formou
No forno aproveitou Pra botar sua moldagem Brincadeira de criança Alguém pensa é bobagem Massa vida tá moldando Um artista com bagagem
(...)
Ele é original Sua peça é pra brincar Reproduz seu dia-dia Tudo que pode avistar Vai ali amassa o barro Pra poder representar
Ô menino vai botar Boneco no caçuá Na feira de Caruaru Quando o burrico chegar Vai ter gente esperando Na barraca pra comprar
Morava em um lugar No distrito de Ribeira Seu pai no Alto do Moura Comprou terra de primeira Do sítio veio à cidade Trazendo a família inteira Essa terra hospitaleira Mas difícil de encarar No começo era deserto Tão distante esse lugar Sete mil metros de chão Lá pra feira vai andar (...)
O mundo tem que lembrar O ilustre conhecido Suas mãos quem despertou Dilema já esquecido Uma região tão rica E um povo empobrecido (...)
Amistosa a relação Com seus admiradores Zé Caboclo e Zé Rodrigues Entre os seus seguidores Tem Galdino e Eudócio Transmitindo esses valores Quantos são esses atores Eu não posso adivinhar Tentei no Alto do Moura Com Nicinha fui falar Essa grande artesã Decidiu me ajudar
(...)
Gigante esse oleiro Conseguindo transformar Seus bonecos eram simples Que atraiam o olhar Tem uma que fala muito Figura tão singular
O gato maracajá Na árvore tá trepado Em baixo o caçador E seu cachorro ao lado A imagem tá mostrando O gato tá acuado
Está bem representado Vitalino é sintonia O local que ele vive Toda a simbologia Tudo que observava Com barro ele fazia
Fazia tudo que via Batizado boi vaqueiro Fez cena de casamento Lampião o cangaceiro Tudo na feira vendia Até pra o estrangeiro A casa do farinheiro O dentista e o carro Enterro feito com rede Banda de Pife e Jarro Os temas da sua lida Em todos eu me amarro Vitalino deus do barro Disse Petrúcio Amorim Na visão desse poeta Que o descreve assim Sua arte foi notória Só faltou ganhar din din
Teus bonecos são pra mim É assim que eu ensino Ao mostrar esses bonecos Digo provo e assino Que o homem cidadão Já começa de menino
Casa Museu Vitalino É lugar especial Uma riqueza abundante E de valor sem igual Que traduz em sua essência A cultura regional (...)
Vitalino foi mostrar Nordeste no estrangeiro Na França e na Suíça Tem peça desse oleiro Já foi até em Brasília E ao Rio de janeiro
Todo povo brasileiro Já pode testemunhar O império da Tijuca 100 anos comemorar O samba foi Vitalino Foi pra homenagear
Caruaru para lembrar Filho ilustre artesão A vida e sua obra Serviu de inspiração 100 anos de Vitalino Foi tema do São João (...)
Quero aqui aclamar Buscar nele inspiração O cordel que agora fiz Pra sua recordação Vitalino é pro mundo Ainda revelação
Amou assim este chão Desse barro eu já fiz Uma ponte que nos liga O agreste até Paris Amassando com as mãos Do barro fez o que quis
(...)
E até nos transportar Aqui no imaginário A seca a migração Esse problema agrário Procissão e Lampião Compõe seu vocabulário
Ele tornou-se lendário Vitalino é memória As crianças já escutam Velhos contam a história Que Vitalino Pereira Experimentou a glória Sua linda trajetória Que o Brasil admirou Suas mãos tão talentosas Que tocando transformou O barro do lpojuca Cuja vida ele soprou
(...)
Cidadão sem vaidade Mostrou seu torrão natal O seu reconhecimento Hoje internacional Vitalino és bandeira Da cultura nacional
Lá do sítio afinal Tem belezas pra se ver Vitalino é amostra É exemplo pra valer Venha pro Alto do Moura Visitar pra você crer
Paro agora de escrever Pois eu tenho que comprar Um boneco que eu vi Gosto de colecionar A arte de Vitalino Dizem pode até falar
Sobre este documento Título Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro
Tipo de documento Cordel
Glossário Caçuá: cesto grande e comprido de vime, cipó ou bambu, sem tampa e com alças para prender às cangalhas no transporte de gêneros diversos em animais de carga.
Origem BATISTA, Ivaldo. Mestre Vitalino - A vida inteligente no barro. Acervo particular.
Créditos Ivaldo Batista
Palavras-chave Literatura biografia cultura material Continuar lendo A partir de trechos do cordel, assinale uma alternativa:
Alternativas
(A) O título do cordel faz alusão à transformação do barro em arte e à complexidade que esse ofício envolve.
(B) O cordel trata da trajetória do Mestre Vitalino, da expressão e importância de sua obra.
(C) A participação do mestre na 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, em 1947, lhe deu visibilidade nacional.
(D) O título de mestre Vitalino se deu em função de sua formação tardia em curso superior de Artes Plásticas.