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Bernardo

História06/05/2024

Uma viagem de estudos ao Espírito Santo: pesquisa demo-bioló...

Uma viagem de estudos ao Espírito Santo: pesquisa demo-biológica, realizada, com o fim de contribuir para o estudo do problema da aclimação, numa população de origem alemã, estabelecida no Brasil Oriental. Texto acadêmico O tratamento do problema da aclimação encontra dificuldades, na maioria dos países tropicais, porque os imigrantes europeus misturam-se mais ou menos rapidamente com os elementos nativos, tornando-se impossível o estudo dos fenômenos de adaptação, na população miscigenada. Do maior interesse, portanto, são as regiões em que uma população oriunda da Europa se tenha radicado, há muitas gerações, sem se misturar com os nativos. A pesquisa das condições de vida e de saúde dessas populações oferece também a possibilidade de se observarem as condições econômicas, sociais, culturais, que, juntamente com fatores climáticos e sanitários, regem a manutenção e o desenvolvimento da etnia transplantada para os trópicos. No estado oriental brasileiro do Espírito Santo vive, há várias gerações, uma população de colonos alemães, que permaneceu imune à miscigenação. A idéia que já surgiu, noutras ocasiões, de pesquisar todo o espaço vital desses descendentes de imigrantes alemães, situados às bordas dos trópicos, pareceu mais sedutora por se poder recorrer às observações de Wagemann, do ano de 1915, e ser possível comparar as atuais condições de vida e de sanidade com os resultados a que ele chegou. Estamos diante de uma tarefa que ultrapassa o campo das pesquisas climato-biológicas e da higiene tropical, de interesse para os estudos étnicos relativos aos alemães, no estrangeiro, tanto mais, que o Espírito Santo tem sido pouco visitado por pesquisadores, e não possuímos dessa região conhecimentos tão exatos quanto os que temos das áreas extensas de colonização teuta, de maior progresso, situadas nos sub-trópicos, no Brasil-meridional (Santa Catarina, Rio Grande, Paraná) Viagem pelas colônias alemãs do Espírito Santo Texto acadêmico Seguimos rio acima até chegarmos na região onde realmente se encontra a colônia alemã, e pretendemos cavalgar duas horas ainda hoje. A princípio vemos apenas cabanas de negros e mulatos, distantes um quarto de hora umas das outras, às vezes bem mais, que com suas aparências miseráveis são um eloquente testemunho das parcas pretensões dessas pessoas, em sua maioria pequenos agricultores, no tocante à vida e sobretudo à sua comunidade. Elas praticamente se satisfazem com uma construção feita de barro e coberta com folha de palmeira, tal como aparece na foto seguinte (foto 16); realmente, ela está idilicamente localizada em meio a bananeiras novas junto ao murmúrio das águas, mas mesmo o colono alemão mais modesto não gostaria de morar ali. Às vezes pode acontecer – mas com certeza muito raramente e, sem dúvida, é proibido por lei – que você veja parado, junto à cerca de uma tal cabana, um pai de família mulato vestido de Adão ao lado de sua esposa mais civilizada, e por isso vestida, enquanto o filhinho segue o exemplo do pai. Não deixa de ser interessante observar as variadas cores de pele dentro de uma única família. A foto seguinte (foto 17) evidencia amplamente como as diferenças são grandes; não é preciso admirar-se tanto com elas, pois a escravidão com sua moral relaxada, e abolida somente há uma dúzia de anos, possibilitou que o sangue se misturasse das mais diversas maneiras. Às vezes um dos filhos assemelha-se ao pai, o outro à mãe, um terceiro ao avô ou à avó etc, fazendo com que a família inteira pareça às vezes bem mais um enigma etnológico. As crianças pequenas parecem quase sempre encantadoras; na mistura das raças a que mais predomina é a africana. Para nossa vergonha vimos uma família composta por um soldado nativo e uma alemã católica – sua esposa – e o filho deles. A criança tinha um jeito tão gracioso, mas tinha o cabelo crespo dos negros, os lábios grossos e a cor do pai característica dos mulatos; da mãe alemã, porém, não havia qualquer vestígio. Os documentos: Alternativas (A) Demonstram o caráter eugenista dos estudos médicos a respeito das colônias alemãs no Brasil e seu estado de germanidade. (B) Apresentam estudos germânicos sobre medicina tropical, campo dedicado ao estudo das patologias consideradas típicas dos países do hemisfério sul. (C) Tratam da presença de colonos alemães no Espírito Santo no início do século XX, sua adaptação e relação com a população nativa, sobretudo de origem africana. (D) Atestam como não houve colaboração de médicos brasileiros na pesquisa conduzida pelos alemães em território espírito-santense.

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