Teoricamente, o nacionalismo independe do Romantismo, embora tenha encontrado nele o aliado decisivo. Há na literatura do período uma aspiração nacional, definida claramente a partir da Independência e precedendo o movimento romântico. (...) Nem é de espantar que assim fosse, pois além da busca das tradições nacionais e o culto da história, o que se chamou em toda a Europa “despertar das nacionalidades”, em seguida ao empuxe napoleônico, encontrou expressão no Romantismo. Sobretudo nos países novos como o nosso o nacionalismo foi manifestação de vida, exaltação afetiva, tomada de consciência, afirmação do próprio contra o imposto.(Adaptado de: CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira. São Paulo: Martins, 1971. 2 v. pp. 14-15) Consolidada a Independência, e abraçando novas causas libertárias, escritores brasileiros trilharam o caminho
a) das teses abolicionistas republicanas, como bem o ilustra a poesia condoreira de Castro Alves.
b) da condenação crítica da nossa formação religiosa, tal como fez Gonçalves de Magalhães.
c) da restauração de um regime monárquico mais justo e flexível, como propôs Gonçalves Dias.
d) da valorização da iniciativa privada e do liberalismo, empreendida por Manuel Antônio de Almeida.
e) da estética naturalista mais radical, tal como nos romances de tese de Machado de Assis.