Herpetofauna é o termo utilizado para denominar a totalidade dos répteis e anfíbios de uma região. Os répteis são representados pelos quelônios, crocodilianos, serpentes, lagartos e anfisbênias.
Quelônios - no território brasileiro são conhecidas 31 espécies de quelônios continentais representados pelos cágados, tartarugas e jabutis. A diversidade de quelônios brasileiros representa aproximadamente 11% do total de espécies existentes no mundo. No Brasil consta apenas uma espécie de cágado de água doce ameaçada de extinção. Ainda há lacunas de conhecimento quanto à biologia e estado populacional desses animais.
Crocodilianos - Das 23 espécies de crocodilianos existentes no mundo seis ocorrem no Brasil. Nenhuma das espécies se encontra na lista oficial brasileira como ameaçada de extinção, no entanto, todas constam nos anexos da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES, tornando-os dependentes de programas de conservação.
Squamata - Este grupo caracteriza-se pela presença de escamas, o que o nomeia. É composto por serpentes, lagartos e anfisbênias (cobras- de-duas-cabeças). São conhecidas cerca de 7.546 espécies de squamata no mundo, das quais 703 ocorrem no Brasil, tornando-o o segundo país de maior diversidade neste grupo, sendo conhecido até o momento 248 espécies de lagartos, 368 de serpentes e 68 de anfisbênias (ICMBio, 2021).
A realização da contenção física/química adequada é de extrema importância para realização do exame clínico dos répteis. Com relação às peculiaridades da contenção e exame clínico das diferentes espécies de répteis. É correto o que se afirma em:
I) A contenção química é recomendada para todas as espécies de répteis. Sendo muito útil principalmente em procedimentos delicados tais como a coleta de sangue e outros materiais, para análise dos parâmetros fisiológicos do animal.
II) A contenção física de serpentes para a coleta de sangue por punção cardíaca, apesar de ser fortemente contraindicada devido à alta incidência de derrames pericárdicos e risco de miocardite, é feita com o animal em decúbito dorsal.
III) Quelônios de grande porte podem representar um grande desafio para realização da protrusão da cabeça. Uma das alternativas para facilitar o manuseio destes espécimes é a estimulação vagal, realizada a partir da compressão do globo ocular.
