LEITURA MELHOR VIAGEM
O ASSALTO
Carlos Drummond de Andrade
Na realidade, a vida sonora protestou a altos, a baixos e a um trêmulo coro de chutes.
Houve um barulho, os outros estavam perplexos. Aqui, o contador, o chamador e guardião do mundo.
Um dia, um homem, não se sabe quem, olhou para a cidade e viu que ela estava em festa. O carnaval ainda não tinha terminado. O sol brilhava, o céu azul.
Mas havia um problema real. O que fazer com o assalto? Como a vida pode ser sustentada?
A cidade estava repleta de sonhos, mas também de pesadelos. O assalto era a sombra.
Como resolver isso? Evidente que sim, mas como? A questão era saber se o assalto poderia ser sustentado.
Desculpas, escutou-se, mutilou-se a lógica. A história se repetia, mas não se sabia se era uma história ou um mito.
E assim, a vida continuava. O assalto foi apenas um eco distante, uma lembrança que passou.
O sangue, o grito, a dor. Não, não era um momento qualquer. Era um momento de verdade. Um momento que se perpetuava na memória.
E, no final, tudo se resolvia. O assalto era apenas um detalhe na grande narrativa da vida.